"Nós devemos tomar medidas que sejam efetivas e até mesmo radicais", afirmou, no início da tarde desta quarta-feira (11), o presidente do Senado, José Sarney. Ele respondia a perguntas feitas por jornalistas sobre o peso que o pagamento de horas extras significa para a imagem da Casa. Sarney, que na terça-feira (10) mesmo determinou o estorno aos cofres do Senado das horas extras pagas por seu gabinete em janeiro, disse que seria bom para a instituição que os outros senadores fizessem o mesmo.
O presidente deu a entrevista pouco antes de tomar o elevador para ir almoçar. Nessa entrevista, explicou que o pagamento de horas extras não é uma providência aleatória, mas um adicional destinado a remunerar pessoas que trabalham até as oito ou dez da noite. Ele disse que todos os chefes de gabinetes ou de quaisquer setores da Casa sabem quais são os funcionários que têm direito a receber essa remuneração.
"O que é errado é o servidor receber hora extra sem trabalhar", esclareceu o presidente do Senado. Sarney também informou que conversou com o 1º secretário da Casa, senador Heráclito Fortes, sobre o fato de que considera um absurdo o pagamento de hora extra a quem não trabalha, além de considerar isso péssimo para a imagem da instituição.
- Assim como o senhor determinou o estorno na folha de pagamento do seu gabinete, os outros senadores deveriam fazer o mesmo?
- Não quero dar conselho a ninguém, mas acho que seria a melhor maneira de erguer a imagem da instituição.
- Presidente, os outros senadores então deveriam seguir seu exemplo?
- Isso é uma decisão de cada um, mas seria uma boa solução para todos nós - respondeu Sarney.
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