segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Sarney diz que ponto eletrônico deveria ser extensivo a todo Senado

O presidente do Senado, José Sarney, manifestou nesta segunda-feira (1º), em entrevista, a opinião de que o ponto eletrônico adotado na Casa deve ser extensivo a todos os servidores. Sarney disse, entretanto, não conhecer em detalhes a maneira como foi feita a instituição do ponto eletrônico, afirmando ainda que apoiará a decisão do 1º secretário, senador Heráclito Fortes (DEM-PI).
- Estou esperando o primeiro secretário chegar e naturalmente examinar mais detalhadamente o assunto com ele.
O presidente fez essas afirmações ao ser questionado por jornalistas sobre a razão pela qual foram abertas exceções em relação ao ponto eletrônico. O presidente disse também que a adoção dessa ferramenta de aferição de presença dos servidores esteve aos cuidados da 1ª Secretaria e à Diretoria-Geral do Senado, responsáveis pela administração da Casa. Indagado sobre a possibilidade de o Senado voltar atrás quanto às exceções, a partir da opinião expressa pelo presidente na entrevista, Sarney defendeu a necessidade de ajustamento, por exemplo, quanto aos cargos do serviço médico e continuou:
- O objetivo é ver uma maneira, depois da votação do plano de carreira, de poder eliminá-las [as exceções].

Novo código

Sobre suas expectativas para o ano legislativo que começa nesta terça-feira (2), o presidente afirmou que, em primeiro lugar, os senadores irão dedicar-se a concluir a votação do Código de Processo Penal, que considera a matéria mais importante em pauta. Sarney acrescentou que a agenda está bloqueada por medidas provisórias, mas disse esperar que as matérias mais importantes em tramitação sejam votadas "antes que o ano eleitoral comece na realidade".
Questionado sobre possíveis reações quanto à decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva de retirar do Orçamento restrições de repasses a obras da Petrobras, Sarney disse que, de acordo com a Constituição, o presidente da República tem o direito de veto e o Congresso, o de examinar o veto.
Quanto à possibilidade de os projetos do pré-sal serem votados neste primeiro semestre, como foi pedido pelo ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, Sarney declarou que isso vai depender das forças políticas, das lideranças e do próprio Plenário.
- Não é uma coisa que dependa do presidente - acrescentou.


Rita Nardelli / Agência Senado


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