quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Opinião, Notícia e Humor


MANCHETES DO DIA


EUA e UE protestam; Lula, na ilha, lamenta, mas critica greve de fome; América Latina se cala. Dezenas de opositores que tentavam ir ao velório do dissidente Orlando Zapata Tamayo, morto após quase três meses de greve de fome, foram detidos ontem ou mantidos em prisão domiciliar pelo governo cubano. O presidente Raúl Castro lamentou a morte do preso político, disse que ele foi tratado "nos melhores hospitais" e culpou os EUA, assegurando que não há tortura em Cuba. Os EUA, a União Europeia e entidades como a Anistia Internacional protestaram contra a situação que levou à morte de Zapata, e pediram a libertação dos presos políticos. Já o presidente Lula; que visita o país e foi alvo de críticas de dissidentes, lamentou a morte, mas condenou o recurso da greve de fome. Ele negou que tenha recebido carta de opositores. Os demais líderes latino-americanos optaram pelo silêncio absoluto. (págs. 1, 29 e 30)

FOLHA DE S. PAULO
CUBA REPRIME PROTESTO DA OPOSIÇÃO NA VISITA DE LULA

Mais de 30 pessoas são impedidas de ir a funeral; Lula critica dissidentes. A morte do preso político Orlando Zapata Tamayo, 42, que estava em greve de fome havia 85 dias, fez sombra ao clima festivo da última visita oficial que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva faz a Cuba. O brasileiro esteve na região do porto que terá obra financiada pelo BNDES. Segundo grupos de direitos humanos, mais de 30 oposicionistas foram presos ou mantidos em suas casas por agentes de segurança. Essa medida foi apontada como tentativa do governo cubano de impedir que o funeral de Zapata se tornasse um acontecimento político. O presidente de Cuba, Raúl Castro, culpou a política de "confrontação" com os EUA pela morte do dissidente. Porta-voz do Departamento de Estado americano disse que Zapata estava sob custódia do governo cubano e defendeu a libertação de outros presos políticos. Lula lamentou a morte de Zapata, mas criticou dissidentes e negou ter recebido carta de prisioneiros cubanos. Já o assessor da Presidência para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia, afirmou que "há problemas de direitos humanos no mundo inteiro". (págs. 1 e A14)

Aperto monetário reverte medidas contra a crise e ajuda a conter a inflação. O Banco Central reverteu praticamente toda a flexibilização do recolhimento de depósitos compulsórios promovida no auge da crise global. Na prática, as medidas anunciadas vão significar o enxugamento de R$ 70 bilhões do sistema financeiro, o que pode ajudar a conter a inflação. Durante a crise, haviam sido liberados quase R$ 100 bilhões. Segundo analistas, isso reduzirá a disponibilidade de dinheiro para crédito, o que pode resultar em um aumento das taxas de juros cobradas do consumidor. De acordo com o presidente do BC, Henrique Meirelles, a mudança se insere na estratégia brasileira de saída das medidas adotadas durante a crise. Ele afirmou que considera o sistema financeiro “substancialmente" líquido. (págs. 1 e B1)

JORNAL DO BRASIL
DESCONFIANÇA SEGURA COMPRAS

Relatório mundial da ONU sobre entorpecentes situou o Brasil na vanguarda da produção, tráfico e consumo de cocaína. Segundo o alerta, o aumento de 15% nas apreensões em um ano, superando o México, reflete tanto a ampliação da capacidade de refino quanto da demanda. O Brasil é hoje o terceiro consumidor mundial da droga, além de ser a principal rota de tráfico internacional no Cone Sul, impulsionado pelo envolvimento dos cartéis mexicanos. (págs. 1 e Tema do dia A2 e A3)

CORREIO BRAZILIENSE
WILSON VETA CONTRATOS SUSPEITOS

Governador interino suspende o pagamento às empresas citadas no inquérito da Operação Caixa de Pandora. Medida será mantida até o Tribunal de Contas do DF concluir a auditoria nos acordos firmados com as prestadoras de serviço. A investigação compreende 68 processos e está em fase final. No primeiro dia como chefe do Executivo, Wilson Lima reuniu-se com secretários no anexo do Buriti e recebeu de entidades civis manifestações de apoio contra a intervenção federal. (págs. 1 e 35)


VALOR ECONÔMICO
BC COMEÇA A RESTRINGIR A LIQUIDEZ NA ECONOMIA

A economia brasileira encerrou 2009 com um forte crescimento. As previsões apontam para uma alta do Produto Interno Bruto (PIB) próxima a 2,5% em relação ao terceiro trimestre na comparação com ajuste sazonal. Como esse crescimento foi liderado pelo investimento (alta superior a 7% na mesma comparação) e vários indicadores tiveram seu auge nos meses de outubro e novembro, analistas consideram que o risco de uma recuperação explosiva e não sustentada da economia saiu do cenário na virada de 2009 para 2010. O país ainda cresce, mas o ritmo é menos acentuado que aquele registrado entre setembro e novembro. Em outubro e setembro, a produção industrial acumulou alta de 4,5% sobre agosto para devolver, no bimestre seguinte, 1,2% desse crescimento. No varejo, o expressivo aumento de 2,1% registrado nas vendas de outubro e novembro sobre setembro acendeu a preocupação de um consumo em rota desenfreada e inflacionária. A queda no comércio em dezembro confirmou que o consumidor antecipou compras para aproveitar reduções fiscais que começaram a ser desmontadas no início do quarto trimestre. (págs. 1 e A3)


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