- Ninguém falou comigo ainda, mas não serei empecilho nenhum se eles decidirem - declarou.
Segundo Sarney, a experiência tem demonstrado que o exame de veto pelo Congresso depende de acordo das lideranças, caso contrário, observou ele, a sessão é marcada e não alcança número regimental para deliberação. Em razão disso, explicou, foi feito um acordo, no ano passado, com as lideranças das duas Casas nesse sentido.
Indagado ainda se esse veto não representaria uma afronta à decisão do Congresso Nacional, Sarney afirmou que o mecanismo do veto pelo presidente da República é assegurado pela Constituição, que também concede ao Congresso o direito de exame desse veto.
MPs
Sarney informou ainda a realização de ação conjunta entre o Senado, a Câmara dos Deputados e o Supremo Tribunal Federal (STF) para examinar a prática de envio ao Congresso pelo presidente da República de medida provisória liberando "créditos extraordinários" que não se enquadrariam nessa categoria.
- Eu conversei com o presidente da Câmara dos Deputados [Michel Temer]. O Supremo tem uma interpretação a respeito do assunto e nós vamos ter uma ação conjunta de como tratarmos essa matéria. Nós vamos nos reunir para tratar do assunto - informou.
A comunicação de Sarney foi em resposta a questionamento sobre sua posição quanto ao envio pelo Executivo, ao final do ano passado, de medida provisória liberando cerca de R$ 18 bilhões em créditos, que o próprio governo teria admitido não se tratar de relevantes e extraordinários, desrespeitando assim decisão do Supremo sobre o assunto.
PMDB
Sarney respondeu também aos repórteres que comparecerá à Convenção do PMDB, no sábado, e que apoiará a reeleição de Michel Temer para a presidência do partido.
- Claro é unânime. Não há outro candidato. Não há divisão - afirmou.
Denise Costa / Agência Senado
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