quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Opinião, Notícia e Humor

MANCHETES DO DIA

CORREIO BRAZILIENSE
MAIS PERTO DA CASSAÇÃO

Sete dias após a prisão de José Roberto Arruda, a Câmara Legislativa foi obrigada a mudar os conchavos e interromper o preparo da pizza. O Correio apurou que 17 dos 24 parlamentares pretendem votar pela cassação do mandato do governador afastado. Ameaçados por uma intervenção federal, os deputados distritais avaliam que o processo de impeachment será inevitável, a menos que Arruda renuncie. A tendência pelo afastamento não se mantém, entretanto, em relação a Paulo Octávio. A bancada governista prefere aguardar os desdobramentos na cúpula do DEM e na Justiça antes de se posicionar sobre o governador em exercício. Quanto aos distritais flagrados pela lente de Durval Barbosa, pelo menos três estão com a degola acertada. É consenso que a situação de Eurides Brito (PMDB), Leonardo Prudente (sem partido) e Júnior Brunelli (PSC) ficou insustentável. (págs. 1, 21 e 22)

FOLHA DE S. PAULO
COPA NO BRASIL EM 2014 JÁ CUSTA MAIS QUE ÁFRICA-2010

Ainda incompleta, estimativa do país ultrapassa os R$ 17 bilhões, contra R$ 8 bi do Mundial deste ano. A quatro anos e meio de seu início, a Copa no Brasil já estima gastar - apenas com estádios e transporte - mais que o dobro de todo o Mundial da África do Sul, informa Rodrigo Mattos. A lista preliminar divulgada pelo governo relaciona 59 obras, sendo 12 estádios. O Mundial brasileiro terá mais sedes e mais arenas que o africano, o que justificaria, proporcionalmente, aumento de um terço no investimento total. As previsões do Brasil, porém, já ultrapassam em 120% o custo da Copa-2010, e a diferença ainda deve aumentar. (págs. 1 e D1)

O ESTADO DE S. PAULO
CÂMARA DO DF CASSARÁ 3 PARA EVITAR INTERVENÇÃO

Deputados aparecem em vídeo recebendo propina. A Câmara Legislativa está decidida a cassar o mandato de pelo menos três dos oito deputados distritais envolvidos no escândalo do "mensalão do DEM" para tentar evitar a intervenção federal no governo do DF. Leonardo Prudente (sem partido, ex-DEM), Eurides Brito (PMDB) e Júnior Brunelli (PSC), deputados que foram filmados ao receber maços de dinheiro do ex-secretário de Relações Institucionais do Distrito Federal, Durval Barbosa, deverão ser acusados de falta de decoro parlamentar pelo corregedor da Câmara, Raimundo Ribeiro (PSDB).
JORNAL DO BRASIL
ARRUDA TEM SOLIDARIEDADE INUSITADA

Preso desde a quinta-feira passada na Superintendência da Polícia Federal, em Brasília, o governador licenciado do Distrito Federal, José Roberto Arruda, contou nos últimos dias com o apoio não só de familiares e aliados políticos, mas também de figuras inusitadas e desconhecidas que comparecem ao local para presentar o governador com livros ou mesmo orar por ele. Arruda recebeu terça-feira mais dois livros de autoajuda, trazidos por um policial militar do DF. O tenente Francisco de Souza, da Diretoria de Inativos e Pensionistas da Polícia Militar do DF, disse que recebeu uma “ordem divina” para ajudar o governador e trouxe dois livros para Arruda: Como Permanecer Animado por 24 Horas e Da Derrota para a Vitória. Além dos livros, Arruda recebeu apoio de uma aposentada, que veio de Ceilândia, a cerca de 30 quilômetros de Brasília, para fazer uma oração pelo governador. Com a Bíblia e um terço na mão, Maria Dolorosa Ferreira de Souza sentou sob uma árvore, do lado de fora da sede da PF, para pedir aos céus a liberdade do governador licenciado.

O GLOBO
PT REAGE ÀS EXIGÊNCIAS DE CABRAL A DILMA

O Palácio do Planalto e os petistas não gostaram das declarações do governador Sérgio Cabral cobrando fidelidade da ministra Dilma Rousseff e exigindo que ela não suba ao palanque do ex-governador Anthony Garotinho. “Sérgio Cabral precisa tomar cuidado com a língua. Dilma não recusará o apoio de ninguém”, reagiu o líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP). Cobrança do governador por exclusividade de Dilma desagrada ao Planalto; Vaccarezza reage.
VALOR ECONÔMICO
DÍVIDA CAI E CAMPO ENSAIA NOVO CICLO DE INVESTIMENTO

Cinco anos após uma das mais graves crises de renda, o setor rural está preparado para entrar em um novo ciclo de investimentos. O endividamento está em baixa, os fluxos projetados para a quitação dos débitos no médio prazo são cadentes e a fatia das receitas reservadas para pagar dívidas encolheu. O avanço, que deve prosseguir, reflete a melhora estrutural operada pelo governo em sucessivas renegociações de dívida, além da ajuda significativa da rentabilidade em alta nos últimos dois anos. A retomada não deverá, porém, ser uniforme. Produtores rurais de alguns Estados e de culturas específicas devem viver mais um ou dois anos até a reabilitação. Segundo cálculos da consultoria Agroconsult, a herança das crises climáticas e de renda de 2004 e 2005 foi uma dívida calculada em R$ 16,8 bilhões em 2007, correspondente ao total das parcelas anuais dos débitos com programas de investimento, financiamentos de custeio e fundos constitucionais, além de passivos com fornecedores privados e com o Tesouro. A projeção para este ano indica que o endividamento do setor recuou nada menos que R$ 7,4 bilhões, para R$ 9,4 bilhões. (págs. 1 e B8)

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