segunda-feira, 17 de maio de 2010

Opinião, Notícia e Humor


MANCHETES DO DIA


(Se você não teve tempo hoje de ler os principais jornais do País, leia-os agora)


O GLOBO
BRASIL, IRÃ E TURQUIA DEVEM ANUNCIAR ACORDO HOJE

Chanceler diz que, pelo acerto, turcos receberiam urânio de Teerã. O chanceler turco, Ahmet Davutogiu, se antecipou ontem, anunciando que, após 18 horas de negociação, Brasil, Irã e Turquia teriam chegado a acordo sobre a troca de urânio enriquecido, o que poderá poupar Teerã de sanções internacionais. O acerto, confirmado por um assessor do presidente Lula, prevê que a Turquia seja a depositária do urânio proveniente do Irã. Os detalhes só serão conhecidos hoje. Mais cedo, os presidentes Lula e Ahmadinejad não comentaram sobre as negociações. Lula dará crédito de € 1 bilhão a empresas brasileiras que exportarem alimentos para o Irã. Libertação é presente a Lula. O presidente Ahmadinejad mandou libertar a professora francesa Clotilde Reiss, presa há quase um ano em Teerã. Ela era acusada de enviar fotos de protestos ao exterior. Ahmadinejad disse que a libertação foi um presente ao Brasil. Nicolas Sarkozy agradeceu. (Págs. 1, 22 e 23)

FOLHA DE S. PAULO
AMORIM ANUNCIA ACORDO NUCLEAR NO IRÃ

Declaração oficial será feita hoje; EUA dizem ter sido informados, mas querem conhecer os termos para opinar. Brasil, Irã e Turquia concluíram as bases de um acordo que pode romper o impasse sobre o programa nuclear iraniano, disse à Folha o ministro Celso Amorim (Relações Exteriores). O chanceler turco, Ahmet Davotuglu, confirmou: "Temos um acordo". O teor do documento deve ser anunciado hoje. Amorim disse que foi alcançada uma fórmula que atende à proposta da Agência Internacional de Energia Atômica. O plano prevê que o Irã envie urânio pouco enriquecido para a Turquia e receba em troca o combustível enriquecido a até 20%, nível adequado para uso médico, mas não para produção da bomba atômica. O anúncio oficial deve ser feito hoje, após encontro entre os presidentes Lula e Mahmoud Ahmadinejad e o primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan. A Casa Branca disse ter recebido informações sobre o acordo, mas que qualquer avaliação só será possível após saber exatamente o que foi acertado. (Págs. 1 e A12)

O ESTADO DE S. PAULO
REAJUSTE DE ATÉ 576% A SERVIDOR NÃO EVITA GREVES

Ao fim do segundo mandato do presidente Lula, nenhum servidor público federal terá recebido reajuste salarial inferior à inflação do período, mas o governo já enfrenta uma onda de greves no funcionalismo. Enquanto os preços medidos pelo IPCA subiram 51,8% de janeiro de 2003 a abril de 2010, os reajustes salariais variaram de 100% a 576%. Preocupado com a escalada de paralisações, Lula mandou questioná-las na Justiça e cortar o ponto de grevistas. Nenhuma categoria teve aumento abaixo da inflação; greves atuais, diz sindicalista, são para garantir novos reajustes ainda em 2011. Ao longo de seus dois mandatos, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva transformou os servidores públicos de mal remunerados a invejados pelo mercado. Em alguns casos, o reajuste ao longo dos últimos oito anos chegou a 576%. É o caso dos pesquisadores em topo de carreira do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), que iniciaram 2003 com salário de R$ 1.959,00 e hoje ganham R$ 13.249,00.

JORNAL DO BRASIL
MUNDO NA EXPECTATIVA DE ACORDO EM TEERÃ

Brasil e Turquia teriam chegado a um acordo nuclear com o Irã, mas o anúncio seria feito somente hoje, segundo agências internacionais. Ontem, Lula e Mahmoud Ahmadinejad deram coletiva, mas sem tocar no assunto. Anúncio oficial pode ser feito ainda hoje pelos presidentes do Brasil e do Irã e pelo premier turco. Depois de um dia inteiro de compromissos com o presidente iraniano Mahmoud Ahmadinejad e de quase uma hora de conversa com o líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva não pôde anunciar a obtenção de um acordo com o Irã sobre seu programa nuclear. Porém, Lula continua otimista quanto à evolução das conversações, declarou ontem um membro da delegação que acompanha o presidente em Teerã. Há expectativa de que o acordo seja anunciado hoje. No fim da noite de ontem, segundo a agência Reuters, o ministro de Relações Exteriores da Turquia, Ahmet Davutoglu, disse que foi alcançado o acordo entre Irã, Turquia e Brasil sobre a troca de combustível nuclear: O acordo foi alcançado após 18 horas de negociações. Segundo a agência Reuters, o anúncio oficial pode ser feito hoje pela manhã, após revisão dos termos pelos presidentes brasileiro e iraniano e o primeiro-ministro turco, Tayyip Erdogan, que chegou ontem à Teerã. Lula e Ahmadinejad se encontraram de manhã no Palácio Presidencial, com a presença dos chanceleres dos dois países. A entrevista coletiva que dariam em seguida foi cancelada por decisão de Lula, que não queria falar com a imprensa sem ter algo concreto para anunciar.

CORREIO BRAZILIENSE
ACORDO À VISTA NO IRÃ

Governantes e diplomatas do Irã, do Brasil e da Turquia entraram pela madrugada de hoje trabalhando nos últimos detalhes de um acordo para apresentar às potências ocidentais uma fórmula aceitável para a troca de urânio semi-enriquecido iraniano por combustível para seus reatores nucleares de pesquisa. Os termos do acordo, que terá de ser examinados pelos Estados Unidos e demais membros permanentes do Conselho de Segurança das Nações Unidas, devem ser enunciados hoje, em Teerã, depois de uma reunião entre os presidentes Mahmud Ahmadinejad e Luiz Inácio Lula da Silva e o primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, que se deslocou na noite de domingo para a capital iraniana — o sinal mais forte de que a controversa empreitada de Lula caminhava para o sucesso, depois de quase 18 horas de negociações conduzidas também pelos chanceleres Celso Amorim e Manouchehr Mottaki.



Crítico feroz da influência de ONGs em questões ambientais e combatido por ambientalistas por sua proximidade com a bancada ruralista, o deputado Aldo Rebelo (PCdoB) terá uma dura batalha política quando apresentar seu relatório final, no início de junho, na comissão especial de reforma do Código Florestal. O texto dará aos Estados o poder de legislar em questões ambientais, evitará punição a derrubadas feitas sob incentivo oficial e consolidará áreas de produção em várzeas e topos de morros. Crítico feroz da influência de ONGs em questões ambientais e combatido por ambientalistas por sua proximidade com a bancada ruralista, o deputado Aldo Rebelo (PCdoB) terá uma dura batalha política quando apresentar seu relatório final, no início de junho, na comissão especial de reforma do Código Florestal. O texto dará aos Estados o poder de legislar em questões ambientais, evitará punição a derrubadas feitas sob incentivo oficial e consolidará áreas de produção em várzeas e topos de morros. Rebelo, que ouviu mais de 378 pessoas em 64 audiências públicas e outras tantas privadas país afora, espera continuar com o apoio dos partidos que o levaram à delicada e complexa relatoria. Os três candidatos a Presidente da República têm opiniões diferentes sobre o tema, mas Aldo Rebelo diz ter apoio para suas ideias de pelo menos de dois deles: José Serra (PSDB) e Dilma Rousseff (PT). As áreas de reserva legal e de preservação permanente (APP) serão mantidas, mas com regras alteradas para permitir "corredores ecológicos" e exigências de mata ciliar segundo a largura dos rios. Haverá moratória de cinco anos ao desmatamento na Amazônia, Caatinga e Pantanal. Na Mata Atlântica, será proibido desmatar. Nesta entrevista ao Valor, Rebelo antecipa algumas das principais propostas do relatório que apresentará.




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