quinta-feira, 27 de maio de 2010

Sarney lembra que foi o responsável pela universalização do acesso à saúde e questiona a criação de novas tributações para o setor

O presidente do Senado, José Sarney, defendeu mais recursos para o setor da saúde, mas sem a criação de um novo imposto, como propõe o programa de governo sugerido pelo PMDB à pré-candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff. Sarney, em entrevista nesta quinta-feira (27), ao chegar ao Senado, disse que não foi ouvido pelo seu partido.

- Acho que pensam que estou muito velho, não me ouvem mais para nada - disse, em tom de brincadeira, o presidente do Senado. Sarney lembrou que a CPMF - Contribuição Provisória sobre a Movimentação Financeira - foi aprovada ainda nos anos 90 exclusivamente para ser utilizada no financiamento da saúde no país. Posteriormente, segundo ele, essa finalidade foi desvirtuada.Sarney disse ser contrário à criação de um novo imposto, mas defendeu mais dinheiro para o orçamento da saúde, "porque é o desejo de todos os brasileiros".

O presidente do Senado também brincou com os repórteres em relação à idade da maioria:

- Vocês todos são muito jovens e não lembram, mas a universalização da saúde, o Sistema Único de Saúde, que garante atendimento médico e hospitalar para todos, foi instituído no meu governo. Antes, até para tomar uma injeção uma pessoa de poucos recursos tinha que recorrer a uma Santa Casa - comentou.

Sarney citou os Estados Unidos como exemplo. Lembrou que, lá, somente agora o presidente Barack Obama está conseguindo instituir o atendimento universal em saúde para o povo norte-americano, e com enormes dificuldades políticas.

Cezar Motta / Agência Senado

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