quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Presidência do Senado Federal

Presidente da Assembléia do Amapá defende a criação de fundo para a Amazônia

A criação do Fundo para o Desenvolvimento Sustentável da Amazônia foi defendida nesta quarta-feira (28) pelo presidente da Assembléia Legislativa do Amapá, Jorge Amanajás (PSDB/AP), em encontro com José Sarney. O deputado aponta como decisiva a influência do presidente Sarney para viabilizar emenda que crie o fundo. ‘O nosso senador, que já teve várias iniciativas exitosas de proteção da Amazônia, entre elas a criação da Zona Franca Verde e da Zona de Processamento de Exportação, que já foram aprovadas e aguardam agora regulamentação, sem dúvida irá se interessar e se empenhar também agora", afiançou Amanajás antes da audiência.De acordo com a proposta, 10% dos recursos provenientes da exploração do petróleo extraído das camadas de pré-sal deverão ser destinados ao fundo. "É mais que legítima a nossa pretensão, já que a maioria do Co2 que será produzido por esse petróleo todo deverá absorvido pela Amazônia. Além do mais, se a União Nacional dos Estudantes quer 50% desses recursos para a Educação, por que não toda a Amazônia, com sua importância para a preservação do meio ambiente, não pode ter também uma parcela?" questionou Amanajás. Para ele, caso os recursos do pré-sal sejam destinados somente para os Estados produtores de petróleo, "aqueles que já são ricos, ficarão mais ricos, e os pobres ficarão cada vez mais relegados à pobreza".O presidente da Assembléia do Amapá, afirmou ainda que muita gente defende a preservação da Amazônia, pensando somente nos rios e nas florestas, sem se preocupar com as 20 milhões de pessoas que vivem região. "Veja um exemplo: pesquisadores debatem, defendem e querem a preservação de nossas florestas, mas somente 4% das bolsas de mestrado e de doutorado no Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) visam à proteção do meio ambiente da Amazônia", denunciou. Amanajás disse que o Amapá detém a maior extensão de mata preservada. "Quase 75% de nosso território é de floresta, grandes projetos para usinas hidrelétricas, como a de Santo Antônio que será construída no Vale do Jari, e a de Água Branca que ficará na região da Serra do Navio, estão lá e, no entanto, metade da energia consumida no Estado é proveniente de termoelétrica, isto é, a diesel. E mesmo assim, a maioria de nossas comunidades tem energia somente três a quatro horas por dia", lastimou.Amanajás afirmou que a emenda para a criação do Fundo para o Desenvolvimento Sustentável da Amazônia deverá ser uma oportunidade para verificar quem realmente quer a preservação das florestas. "Vamos ver quem realmente defende a Amazônia", desafiou, para insistir que muita gente ainda não compreende que a grande questão da preservação da Amazônia passa também pelas compensações do dióxido de carbono. "Nossa imensa floresta dá uma grande contribuição para manter o equilíbrio do clima no mundo, então nós precisamos ser compensados e reconhecidos por isso nacional e internacionalmente", concluiu.

Secretaria de Imprensa da Presidência do Senado

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