quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Sarney grava depoimento em filme para celebrar 100 anos de Tancredo

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A participação de Sarney na reconstrução da democracia no Brasil e sua histórica parceria com Tancredo Neves foram os pontos chaves da entrevista para o filme de Silvio Tendler sobre Tancredo e a Aliança Democrática

"Tancredo foi o homem que a história preparou para aquele momento de transição democrática", resumiu um José Sarney emocionado, depois de gravar longo depoimento sobre Tancredo Neves para um documentário celebrando os 100 anos de nascimento do político mineiro que morreu em 1985, depois de eleito presidente, mas antes de tomar posse. Como o vice de Tancredo, coube a Sarney assumir o governo e conduzir a redemocratização do país depois de 20 anos de ditadura militar.

"Inequivocamente, Sarney teve um papel histórico fundamental na composição política que tornou a transição democrática possível", disse o cineasta Silvio Tendler, que tem em seu currículo documentários sobre JK, Jango, Glauber Rocha e Josué de Castro, por exemplo. Tendler agora dirige o longa metragem sobre Tancredo em parceria com os jornalistas Roberto D´Avilla e José Augusto Ribeiro.

"Sarney, pelo seu temperamento, foi figura fundamental na eleição do Doutor Tancredo. Por isso mesmo foi escolhido para vice", destacou Roberto D´Avilla, destacando a importância da função de Sarney no parlamento, durante a campanha da Aliança Democrática. Em 1984, a aliança reuniu vários partidos de oposição e políticos de distintas tendências ideológicas para eleger Tancredo e, assim, derrotar a ditadura militar. "Sarney deu o tom na virada que permitiu a eleição de Tancredo."

Em uma hora e meia de entrevista, o presidente do Senado rememorou o difícil processo de formação da Aliança Democrática e a histórica parceria com Tancredo e Ulysses Guimarães. "Tancredo foi o maior político do século XX", avaliou para citar qualidades do mineiro: "Tancredo era um conciliador e grande costurador político, que se auto-definia como pragmático na ação e intransigente nos princípios. E era mesmo".

Sarney falou sobre sua convivência com grandes figuras da política de então, relembrou alegrias e dificuldades da campanha e de seu governo, além dos momentos críticos de todo o processo e da doença do presidente, que foi operado de emergência no dia marcado para sua posse. Tancredo não saiu mais do hospital até sua morte em 21 de abril de 1985.

"Era um momento especial e o Tancredo usou a energia das Diretas como combustível para promover a redemocratização que a sociedade reclamava nas ruas", disse Sarney.

Para saber mais sobre a “transição democrática” e a importância de Tancredo e Sarney no processo, clique aqui...

Um comentário:

  1. Essa participação remete a importancia de Sarney para o país.

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