terça-feira, 20 de outubro de 2009

Senado Federal

Papaléo Paes pede melhores salários, para que médicos não sejam obrigados a ter vários empregos

O senador e médico Papaléo Paes (PSDB-AP) saudou da tribuna os médicos do país pelo transcurso do seu dia, comemorado neste domingo, e reivindicou dos governantes planos de carreira e melhores salários, para que os médicos do serviço público não sejam obrigados a ter vários empregos ou a fazer plantões com freqüência para completar a renda.
Ele pediu à população que não culpe os médicos pelos problemas dos hospitais e postos de saúde, que causam formação de longas filas e péssimo atendimento. O senador afirmou que a revolta das populações contra o sistema hospitalar gratuito se deve a "decisões erradas de autoridades do governo". Por conta da falta de médicos, equipamentos e medicamentos, tem sido comum médicos sofrerem agressões nos hospitais públicos, com a ocorrência inclusive de assassinatos.
- Infelizmente, a saúde do brasileiro tem sido mais feita de promessas de palanque de candidatos que não cumprem o que prometem nas campanhas eleitorais. Precisamos de mais recursos, de mais gestão e de mais competência na administração da Saúde no Brasil - sustentou.
Papaléo Paes saudou especialmente médicos da Amazônia e do seu estado, o Amapá, citando os nomes de vários deles. Ele leu parte de uma carta da médica Zeneide Alves de Souza, prestes a se aposentar compulsoriamente no Amapá, onde pede ajuda para que sejam operadas 160 crianças que têm fissura do lábio palatal (lábio leporino). Há médicos, mas não existem equipamentos ou medicamentos suficientes em Macapá. A médica observa que essas crianças, se não forem operadas, terão sua fala prejudicada, além de enfrentar sérios problemas psicológicos por causa da estética. O senador prometeu procurar o ministro da Saúde para tratar do assunto.
Papaléo foi cumprimentado, em apartes, pelos senadores Roberto Cavalcanti (PRB-PB), Sadi Cassol (PT-TO) e Mão Santa (PSC-PI), este último também médico.
Da Redação / Agência Senado

Leia o pronunciamento na íntegra...

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