Ex-primeiro-ministro do Japão, agora deputado e secretário-geral do PLD (Partido Liberal Democrata), além de presidente do Grupo Parlamentar Japão-Brasil, Taro Aso está no país cumprindo uma intensa agenda. Ontem esteve no Senado Federal com o presidente José Sarney quando, dentre outros assuntos, falou sobre a adoção do Brasil ao padrão nipo-brasileiro de TV digital e o interesse japonês na licitação da linha de trem-bala que vai ligar os Estados do Rio de Janeiro e São Paulo. O dirigente japonês alegou que a experiência do Japão ao sediar as Olimpíadas de 1964 em Tóquio pode ser "útil ao Brasil tanto para a Copa do Mundo de 2014 quanto para as Olimpíadas do Rio em 2016". Para Aso há muita similaridade entre seu país e o Brasil: "Tóquio tem 32 milhões de habitantes e atende 72% desta população com transportes coletivos, principalmente trens de alta velocidade e metrôs. Já em Los Angeles somente 8% da população usa o transporte de massa", comparou, frisando que o modelo adotado pelo Japão é ambientalmente mais correto e sustentável, "tal qual tem sido a política adotada e planejada pelo Brasil". Sarney quis saber sobre o interesse japonês pelo trem-bala ligando o Rio a São Paulo. O embaixador do país no Brasil, Ken Shimanouchi, que acompanhou a comitiva de Taro Aso, ratificou o desejo japonês em participar do empreendimento registrando que já vieram ao Brasil onze missões "com o objetivo de discutir com o governo brasileiro a modelagem do projeto".Ao final do encontro, o presidente do Senado recordou que as relações nipo-brasileiras "sempre foram muito boas, apesar da crise econômica mundial ter afetado um pouco nossas trocas comerciais, constatamos animadoramente que neste ano estamos voltando aos índices encontrados no período pré-crise", explicou Sarney. Ele elogiou também o padrão nipo-brasileiro para TV digital, informando ao deputado japonês que o sistema de comunicação do senado já está fazendo uso da tecnologia. E, na mesma linha, considerou "excepcional a penetração desse padrão na América do Sul, sendo adotado pela maioria dos países do continentes".
O dirigente japonês
Taro Aso, que foi o 59º primeiro ministro japonês entre 2008 e 2009 – período agudo da crise econômica mundial -, morou em São Paulo por um ano ao final da década de 60, trabalhando com negócios da família. Sua última viagem ao Brasil foi em 2008 quando presidiu o Comitê do Ano Internacional da Imigração Japonesa no Brasil. Quando primeiro- ministro, apoiou os decasséguis – trabalhadores brasileiros que ficaram desempregados no Japão. Segundo o consulado do Japão em São Paulo, na sua gestão Aso providenciou o retorno ao Brasil de mais de 22 mil brasileiros, com os chefes de família recebendo uma ajuda de 300.000 ienes, equivalente a 3,700.00 dólares.
Secretaria de Imprensa da Presidência do Senado
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