quarta-feira, 25 de novembro de 2009

Com a Fenaj, Sarney defende a liberdade de expressão

O presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj), Sérgio Murillo de Andrade, em visita ao presidente do Senado, recorreu ontem ao também "José Sarney jornalista", pedindo seu apoio na defesa da regulamentação da profissão, extinta recentemente por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). Está em tramitação na Casa, uma proposta de emenda à Constituição, de autoria do senador Antônio Carlos Valadares (PSB-SE) e que restabelece a obrigatoriedade do curso superior de jornalismo. O presidente José Sarney contou que, aos 17 anos, foi contratado pelos Diários Associados no Maranhão, como repórter de setor policial, e manifestou-se favorável à causa. Lembrou que, quando governador do estado, criou uma escola de jornalismo e prometeu seu empenho na agilização da tramitação do projeto no Senado.A PEC vai à votação na próxima quarta-feira na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Sarney ressalvou apenas que não é favorável "a exageros", referindo-se à preocupação do Supremo Tribunal Federal (STF) em preservar a liberdade de expressão, conforme a defesa da suprema Corte. Os jornalistas presentes – além de diretores da Fenaj, presidentes de sindicatos de jornalistas da região Nordeste e o Sudeste do país – apressaram-se em esclarecer que a posição da categoria é flagrantemente a favor "da livre manifestação da opinião na imprensa". A figura do colaborador, do especialista que escreve sobre a área de seu conhecimento, é permitida pela regulamentação da profissão, explicaram."Respeitamos o Supremo, mas temos que achar um caminho. Do jeito que está é que não pode ficar, tem que haver uma regra, uma norma", insistiu o presidente da Fenaj, para quem tal caminho está no Congresso Nacional, especialmente no Senado. "A profissão vai enfrentar um período enorme de degradação, estamos todos perplexos", qualificou, referindo-se à situação remanescente, após a decisão do STF, que derrubou a exigência do diploma para o exercício da profissão. Murilo informou que a posição da Associação Brasileira de Imprensa (ABI) é a mesma, e que, aliás, a entidade foi a precursora na luta pela criação de cursos de jornalismo e regulamentação do exercício da profissão.

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