sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Opinião, Notícia e Humor


MANCHETES DO DIA

A crise no conglomerado Dubai World (DW) espalhou o temor de que outras empresas importantes ainda escondam prejuízos. As bolsas de valores caíram em todo o mundo. (págs. 1 e 16)

Lula diverge dos EUA, que acatarão resultado mesmo sem a volta de Zelaya O presidente Lula reafirmou que o Brasil não reconhecerá a eleição de domingo em Honduras, cujo resultado os EUA acatarão mesmo sem a volta do presidente deposto, Manuel Zelaya. "Os países democráticos do mundo necessitam repudiar de forma veemente o que ocorreu em Honduras. Nós não aceitamos histórias de golpes", disse Lula durante entrevista à agência Efe. O chanceler Celso Amorim ratificou a divergência em conversa com a secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, relata Eliane Cantanhêde. Os países sulamericanos estão divididos. Em Tegucigalpa, estudantes pró-Zelaya fecharam as entradas da principal universidade do país em ato contra o pleito, informa o enviado especial Fabiano Maisonnave. (págs. 1 e A14)

Contas públicas só melhoram com artifícios contábeis e receitas atípicas. O superávit primário das contas públicas, isto é, a economia para pagar juros da dívida do governo, atingiu em outubro R$ 13,818 bilhões, o maior saldo para esse mês desde 2001. Mesmo assim, há um alto risco de que não seja cumprida a meta prevista para o ano, de 2,5% do PIB, mesmo com as manobras contábeis feitas pelo governo. Nas contas divulgadas ontem estão incluídas receitas atípicas, como o recolhimento de R$ 5 bilhões em depósitos judiciais que estavam na Caixa Econômica Federal. Além disso, o superávit acumulado em 12 meses caiu de 1,17% do PIB em setembro para 1% do PIB em outubro. Foi o menor valor dos últimos oito anos. O Banco Central, no entanto, acredita que a meta será cumprida, apesar da onda de isenções fiscais. (págs. 1 e B1)

JORNAL DO BRASIL
CHINA ROUBA A CENA EM COPENHAGUE

Gigante asiático ofusca meta dos EUA com corte de emissão de 40%. Se a intenção dos EUA com o corte de 17% das emissões dos gases do efeito estufa era pressionar os chineses, funcionou. A maior poluidora do planeta surpreendeu a conferência do clima em Copenhague ao anunciar corte de 40% a 45% na emissão de dióxido de carbono por unidade do PIB, o que daria em torno de 8,l giga toneladas a menos no ar até 2020. O próprio presidente Hu Jintao irá ao evento, uma reviravolta quando se considerava a conferência esvaziada. Especialistas ouvidos pelo JB lembram, porém, que a falta de liberdade de expressão na China torna difícil fiscalizar a meta. (págs. 1, Internacional A21 e Editorial A8)

Chefe da CGU diz que presidente recebe informações falsas sobre fiscalização. Chefe da Controladoria Geral da União (CGU), órgão ligado à Presidência da República, o ministro Jorge Hage fez duras críticas ao projeto da lei Orgânica da Administração Pública, que tira poderes do Tribunal de Contas da União (TCU) na fiscalização de obras públicas. A proposta é defendida pelo presidente Lula, que tem criticado sistematicamente o TCU. Hage disse que considera inaceitável a demonização dos órgãos de controle e que a proposta tem graves equívocos.
"O projeto propõe praticamente a eliminação do controle preventivo, quando, a nosso ver, a ideia é exatamente o contrário. O primeiro dever dos órgãos de controle interno é reagir preventivamente", disse, ao GLOBO. Sobre a fiscalização apenas após a conclusão das obras, afirmou: "É absolutamente inaceitável pensar em controle pelos resultados." Segundo o ministro, há muita gente levando informações falsas a Lula. "Sou testemunha de uma delas." (págs. 1 e 3)

A Prefeitura de São Paulo, administrada por Gilberto Kassab (DEM), deverá receber um reforço de caixa de R$ 726 milhões. Os recursos virão do Banco do Brasil, que negocia com o município a administração da folha de salários, com quase 250 mil servidores ativos e inativos, além do caixa da cidade e seus pagamentos. Atualmente, esses serviços são prestados pelo Itaú Unibanco. O Valor apurou que o prefeito Kassab deverá usar esses recursos em obras do metrô de São Paulo. Durante a campanha, Kassab já havia se comprometido a investir R$ 1 bilhão no projeto Expansão SP, plano de melhoria do transporte metropolitano que receberá até o ano que vem R$ 21 bilhões do governo do Estado, hoje nas mãos do governador José Serra, aliado de Kassab. (págs. 1 e C1)

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