terça-feira, 17 de novembro de 2009

Opinião, Notícia e Humor

MANCHETES DO DIA

O GLOBO
PRIMEIRA QUEDA DE ENERGIA FOI 9 HORAS ANTES DO APAGÃO

ONS constatou problema um minuto antes de raio cair. Relatório enviado ao Ministério Público Federal, preparado por técnicos da Usina de Itaipu, mostra que raios caíram na região de Itaberá (SP) levando ao desligamento da primeira linha de transmissão às 13h31m. Ou seja, nove horas antes do apagão que atingiu 18 estados e o Paraguai no dia 10. O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) ordenara, um minuto antes, que Itaipu reduzisse a geração de energia até 19h15m, quando a usina voltou a operar. Mas nada disso impediu o blecaute às 22h13m. O governo mudou de estratégia e agora aceita que a ministra Dilma Rousseff vá ao Congresso falar do apagão. (págs. 1, 19 e 20)

Reduto do pensamento econômico liberal no governo petista, a diretoria do BC (Banco Central) passa a ter uma feição um pouco menos ortodoxa. O diretor de Política Monetária do órgão, Mario Torós, foi substituído ontem pelo economista Aldo Luiz Mendes, funcionário de carreira do Banco do Brasil e ex-presidente do conselho administrativo da Previ -o fundo de previdência dos funcionários do BB. A troca no Banco Central foi anunciada no começo da noite de ontem após conversa telefônica entre o presidente do BC, Henrique Meirelles, e o presidente Lula, em viagem oficial à Itália. No telefonema, Meirelles foi convocado para reunião com Lula hoje em Brasília. Não está claro se a nomeação de Mendes implica uma reorientação futura da política monetária do Banco Central com relação à política ativa de juros e à tolerância com a crescente valorização do real.

A manobra dos EUA e da China para esvaziarem a conferência sobre o clima, em Copenhague, gerou uma rebelião entre países que propõem metas de emissão de gases do efeito estufa. A reação ao boicote americano e chinês é liderada pelo Brasil em duas vertentes: de um lado os ministros Dilma Rousseff e Carlos Minc intensificaram um corpo a corpo diplomático junto à União Europeia, África e Ásia. Querem a adesão a um manifesto por medidas urgentes, a ser apresentado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Do outro a pressão via ONGs internacionais sobre o presidente Barack Obama. (págs. 1 e Tema do dia A2 e A3)

O ESTADO S. PAULO
DIRETOR DO BANCO CENTRAL É SUBSTITUÍDO POR NOME DO BB

O Banco Central (BC) informou ontem à noite que o diretor de Política Monetária, Mário Torós, deixou o cargo. Para seu lugar, o presidente do BC, Henrique Meirelles, indicou Aldo Luiz Mendes, que ocupou, entre 2005 e 2009, a vice-presidência de Finanças, Mercado de Capitais e Relações com Investidores do Banco do Brasil. Atualmente, preside a Companhia de Seguros Aliança do Brasil, subsidiária do BB. Em nota, o BC informou que a mudança ocorreu "a pedido" de Torós e "por motivos pessoais". A intenção dele de deixar a instituição já havia sido declarada internamente há alguns meses. Mas, como informou o Estado no fim de semana, o processo foi acelerado nos últimos dias após Torós ter concedido polêmica entrevista ao jornal Valor Econômico, na qual revelou os bastidores do combate à crise no País.

CORREIO BRAZILIENSE
UMA QUITENETE POR MEIO MILHÃO

A valorização do Setor Noroeste impressiona até quem está acostumado ao rentável mercado imobiliário do DF. O primeiro empreendimento comercial do novo bairro teve uma procura excepcional: 50% das lojas foram vendidas em três dias, com o metro quadrado a até R$ 18 mil. Os negócios também vão muito bem para os apartamentos pequenos, de até 67m2. Uma quitinete está saindo por R$ 556 mil. “Estamos surpresos com o resultado”,afirma Bruno Bontempo, diretor de uma das incorporadoras em atividade no Noroeste. Especialistas alertam para o risco de uma bolha, mas empresários do ramo da gastronomia estão animados com as perspectivas. “Compramos porque sabemos que o bairro será um lugar diferenciado e estamos preparados. Vamos bombar”, aposta Jorge Ferreira, dono de 10 bares na cidade. Ele comprou quatro unidades comerciais no Noroeste. (págs. 1 e 26)

VALOR ECONÔMICO
CRISE E CÂMBIO DERRUBAM VENDA EXTERNA DE CARNE

A valorização do real em relação ao dólar, de 36,45% desde janeiro, e a crise internacional fizeram um estrago nas exportações brasileiras de carnes. Tradicional produtor de carne bovina barata para o mercado mundial, o Brasil já perde em competitividade para Argentina, Uruguai, Austrália e até Estados Unidos. A arroba do boi nacional custa o equivalente a US$ 44,53, valor superior aos US$ 29,91 da Argentina, US$ 34,57 do Uruguai, US$ 38,62 da Austrália e US$43 a US$ 44 dos EUA. O real mais caro tem elevado os preços da matéria-prima em dólar em relação aos de países exportadores concorrentes, onde as moedas locais não estão tão valorizadas. Diante disso e de uma demanda que ainda não se recuperou totalmente no mercado internacional por causa da crise, as exportações de carnes em geral recuaram 24.1% em receita de janeiro a outubro, comparadas com as do mesmo período de 2008. A perda de exportações já passa de US$ 3 bilhões - a receita caiu de US$ 12,7 bilhões para US$ 9,6 bilhões. (págs. 1 e B12)


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