quarta-feira, 5 de maio de 2010

Fiel à mãe, dona Kiola, Sarney, mais uma vez, defende aposentados e pensionistas

"Não deixe de ajudar os velhinhos!"

Dona Kiola, mãe de Sarney

Para o presidente do Senado, José Sarney, "é politicamente muito difícil" que o Senado modifique a MP, aprovada ontem na Câmara, que acaba com o fator previdenciário e dá 7,72% de aumento para as aposentadorias acima do salário mínimo. Ressaltando que não conhece os números do orçamento do Governo, Sarney falou sobre a "simpatia do Senado" pela causa dos aposentados, que acha justa, e defendeu: "Sempre que se puder aumentar um pouco o vencimento dos aposentados nós devemos fazê-lo". Disse recordar-se do pedido da mãe, dona Kiola, já falecida. "Não deixe de ajudar os velhinhos!", relembrou para, aludindo aos seus 80 anos, brincar: "Estou falando em causa própria..." À tarde, na sala de audiências do Gabinete da Presidência do Senado, Sarney recebeu aposentados, acompanhados pelo senador Paulo Paim (PT-RS) e pela deputada Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM). Vieram pedir rapidez do Senado na apreciação da medida provisória sobre os reajustes. Barulhentos e portando cartazes, os visitantes ouviram do presidente a garantia de que não deixará "caducar" a matéria no Senado. "Apesar de já ser octogenário, não sou "caduco", descontraiu-se mais uma vez, provocando risos e aplausos dos presentes. A medida provisória deverá ser votada na próxima semana.

PMDB unido

Na conversa rápida com os jornalistas, Sarney também foi indagado sobre a reunião de ontem entre Michel Temer e a ex-ministra Dilma Roussef. Disse não saber detalhes do encontro, mais foi afirmativo: "Eu acho que a aliança está consolidada e o nosso candidato (a vice de Dilma) é o deputado Michel Temer. Ele é o presidente do partido, tem uma liderança muito grande e, ao longo dos anos, trabalhou para se impor e ser indicado para essa posição". Isso ajuda a resolver os problemas dos estados?, provocou um jornalista. Sarney ensinou: "O PMDB, como grande partido, sempre teve problemas internos. Isso não é nenhuma novidade para o PMDB. Nós soubemos sempre gerir esses problemas, sempre conseguimos atravessá-los e sempre conseguimos chegar unidos na eleição".

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