sábado, 8 de maio de 2010

Sarney homenageia Rui Palmeira e lembra a habilidade na articulação política e a inteligência do parlamentar alagoano

Ao falar em sessão especial para celebrar o centenário de nascimento do ex-senador alagoano Rui Palmeira, o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AL), afirmou que a Casa "está homenageando uma das figuras mais importantes da política brasileira do século passado, que transpôs os umbrais do século presente". Líder udenista, o homenageado, depois da Revolução de 30, marcou a história de Alagoas na defesa da redemocratização do Brasil.
- Tive a felicidade, bem jovem, como parlamentar, de acompanhar a atividade do senador Rui Palmeira nesta Casa. Ele era, sem dúvida alguma, um grande líder, um grande articulador, e tinha um prestígio extraordinário entre seus colegas e perante a política brasileira pelas suas qualidades pessoais, pela sua inteligência, pela sua capacidade de articulação - afirmou José Sarney, no encerramento da homenagem.
O presidente do Senado lembrou que Rui Palmeira era um político respeitado por ser "um grande formador de consensos", que ajudou a transpor dificuldades em momentos difíceis da história. Isso, disse Sarney, sem deixar de ter atitudes firmes quando necessário, "como aquela em que passou um telegrama contestando a proclamação do AI-5".
- Eu me recordo o quanto aquele gesto tocou a Nação brasileira - recordou.
Para Sarney, Rui Palmeira foi uma "figura extraordinária que por aqui passou, deixando o brilho da sua inteligência, deixando o rastro do seu espírito público". Um político a quem o Brasil muito deve, frisou.
- Quero hoje homenagear a família dele, que aqui está, principalmente na figura do Guilherme Palmeira, que mantém a tradição do seu pai. Ele, que também foi um homem que teve uma posição destacada durante a transição democrática brasileira e herdou do seu pai, sem dúvida alguma, essas qualidades de grande articulador político, de grande político - disse.
Sarney ressaltou ainda que Guilherme Palmeira, Jorge Bornhausen e ele próprio foram os primeiros a iniciar um movimento de separação dentro do PDS que levou à formação da Frente Liberal e que culminou por possibilitar "a transição democrática sem traumas".
Rui Palmeira faleceu em 1968 e deixou dois filhos na política: Guilherme Palmeira, ex-governador de Alagoas, ex-senador e ex-ministro do Tribunal de Contas da União; e Vladimir Palmeira, ex-líder estudantil e ex-deputado federal. A homenagem foi uma iniciativa dos senadores por Alagoas Fernando Collor (PTB), João Tenório (PSDB) e Renan Calheiros (PMDB).
Da Redação / Agência Senado

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