sábado, 31 de maio de 2008

Apoio aos militares

Por Fátima Pelaes*

A Amazônia hoje é alvo não apenas do interesse e atenção, mas também da cobiça internacional em virtude de sua dimensão continental e seus recursos naturais ainda não suficientemente mensurados. Em que pese a preocupação saudável e meritória dos grandes centros mundiais acerca do respeito e manutenção do equilíbrio ecológico amazônico, é verdade também que a região é alvo vivo da avidez internacional tanto por sua fauna e flora, com especial interesse á biodiversidade, como ainda por suas reservas minerais que afloram a cada pesquisa mais aplicada. A riqueza amazônica precisa ser defendida, utilizada de forma sustentada e preservada adequadamente pelos verdadeiros e autênticos donos da terra — a população brasileira. É claro que para a defesa de tão vasto e rico território a participação ativa das Forças Armadas é fundamental e absolutamente indispensável. Afinal, é a classe fardada que há décadas vem provendo a Amazônia não apenas da presença do Estado nos mais isolados rincões, mas ainda assegurando uma assistência multifacetada a inúmeras comunidades que tem nas Forças Armadas a certeza de um apoio decisivo, sobretudo nas áreas de saúde, educação e segurança. Em áreas de fronteira, como é o caso do Amapá, a presença das Forças Armadas é fator decisivo para a segurança da soberania e a certeza do respeito à nacionalidade. É válido dizer que onde estão as Forças Armadas está o mais legítimo sentimento de brasilidade. Em boa hora no Congresso surge uma Frente Parlamentar chefiada pelo deputado Edio Lopes (PMDB/RR), destinada a dar apoio político a atuação dos militares na Amazônia. Num momento delicado para a questão indígena e agrária, onde vizinhos de continente exibem divergências de base que incluem incursões paramilitares em território alheio, quando o contrabando, a imigração clandestina e o tráfico em geral exige um forte controle e fiscalização fronteiriça, é claro que o auxílio e participação das Forças Armadas são um verdadeiro divisor de águas. Mas é, sobretudo num momento onde o interesse internacional coloca em dúvida a autêntica propriedade da Amazônia que a ação das Forças Armadas têm que demonstrar de forma definitiva que está terra tem dono. O Amapá em particular tem muito a agradecer aos serviços prestados pelas Forças Armadas em todo seu território. As razões foram muitas: a localização estratégica do Estado no extremo Norte; sua riqueza mineral e reservas indígenas; a abertura de estradas ao longo de uma floresta ainda intactas; o acompanhamento da navegação ao longo dos rios, mar e uma extensa fronteira natural que precisa de controle e fiscalização intensa. Tudo isto fez do Amapá um lugar de forte presença das Forças Armadas. Aliás, uma instituição que, felizmente, ainda tem muito que fazer entre nós. São bases e comandos dispersos por inúmeras localidades que contam não apenas com um pelotão ou esquadrão militar, mas com um grupo de profissionais dedicados e dispostos s servir com a competência e desprendimento que a farda assegura. Minha adesão á Frente Parlamentar de Apoio às Forças Armadas na Amazônia é uma atitude política, mas acima de tudo cidadã, preocupada em marcar a região com o selo inconfundível de Brasil que as Forças Armadas carregam. Quero ainda acrescentar que a adesão implica ainda em apoio explícito a toda movimentação em favor a reequipamento e modernização das Forças Armadas, cujas fileiras contam com homens e mulheres de inequívoca vocação para o serviço do Estado. É com o auxílio da farda que o Brasil vai encontrar soluções definitivas para os problemas regionais, acompanhados de perto por militares abnegados que conhecem na pele os desafios, anseios e expectativas do mundo amazônico.

*Fátima Pelaes (PMDB) é socióloga e deputada federal pelo PMDB

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