sábado, 10 de maio de 2008

Dia das Mães


Neste dia o "Jornal do Dia" trás a respeitada história de algumas mães amapaenses que sempre dedicaram à vida em prol da felicidade familiar.

“Tu és divina e graciosa, estátua majestosa do amor...”

Isabelle Braña


Uma das figuras que melhor representa o desenvolvimento do mundo é umas das principais figuras na vida na vida da humanidade: a mãe. É através do carinho e amor dessa mulher, que os seres humanos tiveram, tem e terão a oportunidade de passar por momentos indescritíveis. O passado, o presente e o futuro, respectivamente, têm as suas barreiras destruídas diante dos atos de dedicação e afeto que ela pelos seus semelhantes. Desde que Deus criou a Terra para que os homens pudessem ter a oportunidade de conhecer a vida, ela se fez presente na trajetória dos mesmos. Quando o dom da procriação foi lhe entregado pelo criador dos céus e da terra, essa figura doce e pura passou a ser a principal responsável pela continuação dessa graça divina, a vida. Como forma de agradecimento a isso e mais uma série de outros fatores, é que o Dia das Mães foi criado. Conta a história, que esse momento de reconhecimento ocorreu no princípio do século XX, quando uma jovem americana fatalmente perdeu a sua matriarca, e através da ajuda das colegas superou o drama. Para diminuir a dor da perda, suas amigas passaram a perpetuar a memória da sua mãe, e desde então a prática passou a ser constante. Foi durante as homenagens, que a jovem pediu que as dedicações de afeto fossem feitas não apenas as mães mortas, mas como as que ainda estavam vivas. Na terra do samba, o ex - presidente Getúlio Vargas determinou que as homenagens às mães brasileiras fossem feitas no segundo domingo de mês de maio, e desde o ano de 1923 o país cultiva a data.


Para enfatizar a importância dela na vida de uma família, o Jornal do Dia publica a história de vida de algumas mães amapaenses. Você conhecerá agora, parte da vida de mulheres que doaram tudo o que tinha em prol de seus filhos e da felicidade familiar.


Élita Batista: ela escolheu o Amapá para dar oportunidade as filhas


Para algumas pessoas, esse Estado é sinônimo apenas de bons lucros e rendimentos. Para outros ele deve ser visto como mais um lugar para se viver. Mas para alguns homens, o Amapá é sinônimo dos dois pontos juntos e foi com esse pensamento que a artesã Élita Maria Abreu Batista veio para o Estado. Sua história de vida teve início no dia 21 de junho do ano de 1969, na cidade de Cruzeiro do Sul, no Estado do Acre. Desde que nasceu, Élita sempre foi uma pessoa carinhosa e dedicada à sua família. Com o passar do tempo, ela cresceu e casou - se, e foi do fruto dessa união que ela teve duas filhas. Com alguns anos, ela decidiu, corajosamente, criar as suas filhas sozinha. O medo de ser descriminada pela sociedade nunca deixou Élita desistir dos seus sonhos. Ela lutou e sofreu, mas mesmo assim dedicou toda a sua adolescência em prol dos seus dois " amores" . Foi num momento de muita dificuldade que ela conheceu o engenheiro Edyr Batista, e com pouco mais de um ano efetivou laços matrimoniais. No ano de 1999, seu companheiro é convidado a assumir um cargo de chefia no Estado e é nessa época que ela decide vir para o Estado com as filhas. Foi pensando na educação delas, que Élita não ousou em sair do Acre para o Amapá. Quando chegou nas terras tucujus ela se encantou com o jeito e a simplicidade do povo dessa terra, e é dessa forma ela permanece até os dias de hoje. Aqui ela teve mais uma filha e atualmente dedica as suas atenções entre as suas produções artesanais, o marido e as duas filhas, já que uma decidiu voltar para o Estado do Acre.


Helena Guerra: a história de luta de uma mãe pela vida de seu filho


A maioria das pessoas conhece essa amapaense apenas pelo título de presidente da Câmara Municipal de Macapá, mas por trás do poderio que ela exerce sobre os 14 vereadores da casa de leis, essa mulher é uma figura doce e carismática. Para as autoridades brasileiras ela é Maria Helena Barbosa Guerra, para a população macapaense Helena Guerra, mas para os seus filhos ela é apenas Helena. Essa amapaense nasceu no dia 1954, no município do Bailique. Com 17 anos ela casou com o professor Raimundo Batista Guerra, com quem permanece até hoje, em uma união que já dura 36 anos. Com ele, Helena teve quatro filhos: Sandro, Marcia, Cassandra e Sandro, sendo que este último tem um significado especial na vida vereadora. Ela conta que no ano de 1997, ele saiu às 20 horas da sua casa e nunca mais voltou. Quando a família percebeu que Sandro estava há horas ausente de casa, comunicou a Polícia o sumiço do jovem, que no outro diz encontrou o corpo dele. Na época Helena, ficou perdida e não aceitou a morte do filho. Após um tempo desconsolada por não saber quem havia matado Sandro, ela recebe uma ligação anônima de uma pessoa informando que sabia quem eram os assassinos de seu filho. Sozinha e sem ajuda da polícia ela investigou cada informação dada e descobriu o nome dos culpados. Com o passar dos meses, e os quatro assassinos presos ele decidiu fundar a Associação Grupo das Lágrimas para ajudar as mães que perderam filhos de forma trágica. " Eu tive muita fé e coragem, nunca pensei em desistir do meu filho. Já que eu não posso mais oferecer o meu carinho a ele, eu dedico minha atenção as mães que passaram por situações iguais a minha" , diz. Atualmente essa mãe já conseguiu superar a morte de Sandro e para mostrar o amor que tem pelo próximo, ela executa inúmeros trabalhos sociais.


Lúcia Mélia: sozinha ela conseguiu criar as suas filhas


Quando Lúcia Mélia Picanço Sampaio iniciou a sua vida, ela não pensava que iria ter tantas surpresas ao longo dela. A mãe amapaense nasceu no ano de 1952, cresceu e até hoje continua na cidade de Macapá. Apesar de ter sido casada mais de dez anos, Lúcia nunca precisou da ajuda do ex - companheiro para dar educação às filhas Ana Karoliny Picanço Sampaio, Renata Cristina Picanço Sampaio e a filha de criação Maria Malafaia. Há mais de quinze anos ela luta pela sobrevivência da sua família. Lúcia tem como característica principal a naturalidade e o jeito calmo peculiar da população do Estado. A técnica de áudio visual do Museu Sacaca é respeitada por suas filhas pelo esforço que sempre teve para cria-las. Quem a conhece diz que a sua dedicação à família é um exemplo para muitas mães. Hoje, ela ganhou mais uma filha, só que essa é bem mais especial. A pequena Maria Luísa é a alegria de Lúcia, por ser a sua primeira neta. Com a chegada de " Malú" , Lúcia passou a ser mãe por duas vezes.


Marinete Cambraia: a mãe com dedicação incondicional


Marinete Cambraia Benício Dias. Esse é nome da mulher que trás em seu contexto de vida as características que mais enobrecem uma mãe: o amor e a dedicação incondicional aos seus filhos. No caso dela, a atenção é em dose tripla, pois da união com o marido João Carlos Benício Dias nasceram os filhos: João Carlos Benício Dias Filho, Tallitta Klare Cambraia de Castro Dias e Natacha Klare Cambraia de Castro Dias, respectivamente. Desde que constituiu sua própria família, a advogada sempre exerceu o papel de mãe " no ponto da letra" . Apesar da rotina corrida, ela sempre consegue forças para ter momentos especiais ao lado dos filhos. Quem conhece a família, percebe que a união é marca registrada deles. Seu lado materno fala tão alto, que há pouco mais de um ano ela passou dedicar os seus cuidados a sobrinha Natali Castro. Com a chegada dela a sua residência, essa mãe passou a administrar a vida de quatro jovens de forma extremamente positiva. A dedicação de Marinete com os três filhos sempre foi reconhecida por eles e pelos familiares. " Ela é maravilhosa, e igual a nossa mãe está difícil de encontrar. Todos os dias ela faz questão de demonstrar o quanto nós somos especiais na vida dela. O carinho que ela tem pelos filhos é algo fascinante" , revela o filho primogênito. Atualmente, essa mãe divide o seu tempo entre a casa, o marido, o trabalho e os três filhos, mas com estes a atenção é repleta de amor e carinho.


Irene Pereira: de uma relação de 64 anos ela teve 15 filhos


Irene Pinto Pereira veio ao mundo no dia 18 de setembro do ano de 1923, no município de Afuá, no Estado do Pará. Durante os anos, ela construiu uma linda história de vida ao lado de Otaciano Bento Pereira (+). Com o seu falecido marido, ela fundou o primeiro diário a circular no Amapá, o Jornal do Dia, e posteriormente o Grupo Bento Pereira. Nos 64 anos de convivência com o seu companheiro, ela teve os seus quinze filhos, mas desses, 9 vieram a falecer. Irene sempre foi apontada como exemplo de mãe. Com muita garra e determinação ela criou todos os seus filhos e iniciou os seus negócios no Estado. O laço maternal com os filhos é tão grande que todos decidiram dar continuidade aos negócios da família. Seus ideais sempre estiveram presentes no seu modo de vida. Ela nunca ousou em deixar um de seus filhos para trás, por acreditar que eles eram peças fundamentais dentro de sua casa. Foi com uma criação baseada nos princípios católicos, que ela passou os ensinamentos a sua família. Mesmo com o passar dos anos, essa mãe ainda tem a delicadeza e o amor com os seus filhos. Irene é respeitada por toda a sua geração e considerada uma referência de mulher, avô e mãe.

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