sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Câmara dos Deputados

Jurandil elogia potencial da Amazônia para desenvolvimento sustentável
O deputado afirma que o País aninda não sabe usar a floresta tropical
A revisão das decisões do governo em relação à exploração agrícola e madeireira na Amazônia foi defendida pelo deputado Jurandil Juarez (PMDB-AP). Para ele, é inaceitável, por exemplo, que a floresta possa ser dizimada pela pecuária extensiva, mas, ressaltou, a ideia de que o local deva ser um santuário da humanidade representa condenar as populações da região a uma vida de subsistência, isolamento e miséria.

"Existem soluções na Amazônia hoje em que a relação econômica se estabeleceu em bases plenamente sustentáveis. Basta olhar o cardápio de atividades que recebem apoio dos programas de arranjos produtivos locais, que vão da apicultura até o artesanato; das bebidas às confecções; do extrativismo vegetal e mineral à construção naval", enumerou.

Potencial

O parlamentar informou que poderia citar vários outros setores com grande potencial de desenvolvimento na Amazônia, como fármacos, floricultura e fruticultura. A questão essencial, a seu ver, não é estabelecer políticas estratégicas para a região, mas inseri-las no âmbito das políticas nacionais. "O plantio agrícola e a pecuária sem qualquer controle não são um problema da floresta, mas do País. Recentes estudos demonstram que grande parte das queimadas não ocorrem na Amazônia", ressaltou.

Jurandil Juarez observou que o País ainda não sabe usar plenamente a sua floresta tropical, o que é demonstrado, na sua opinião, pelas principais atividades econômicas da região, como a mineração, no Pará, e a produção de celulose, no sul do Amapá.

Para o deputado, elevar a taxa de investimento fixo a 20,9% do PIB, em 2010, e fortalecer as pequenas e médias indústrias para que possam mirar o mercado internacional são objetivos alcançáveis, num ciclo de desenvolvimento de longo prazo.

Juarez ressaltou que a dispersão de projetos, a baixa produtividade, a falta de logística e de variedades adaptadas à região, a inexistência de um inventário dos bens e recursos disponíveis em cada localidade, o custo de produção elevado e os altos índices da capacidade ociosa produtiva estão entre os problemas apontados no Programa de Arranjos Produtivos na Amazônia.Além disso, prosseguiu, há o problema da obsolescência tecnológica dos meios de produção.

Clima

O deputado questionou que papel o Brasil exercerá na 15ª Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas sobre a Mudança do Clima. Em sua avaliação, o País poderá ter uma posição de protagonista por ser detentor de condições privilegiadas tanto para produzir energia limpa como para resgatar dióxido de carbono (CO2).

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