sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Opinião, Notícia e Humor

MANCHETES DO DIA

O GLOBO
GOVERNO PUNE CLASSE MÉDIA PELA QUEDA DE ARRECADAÇÃO

Para compensar gastos, Mantega admite adiar restituição de IR para 2010A classe média brasileira vai pagar a conta da forte expansão dos gastos do governo este ano, que ocorre em meio à queda de arrecadação. O ministro Guido Mantega confirmou ontem que o governo terá de usar receitas destinadas ao pagamento das restituições do Imposto de Renda da Pessoa Física para cumprir suas metas fiscais. Com isso, contribuintes que já têm direito à devolução do imposto poderão ter de esperar até 2010 pelo dinheiro. O pagamento de restituições vem sendo represado desde junho, quando lotes do IR 2009 começaram a ser pagos. Tributaristas e parlamentares criticaram o atraso. (págs. 1, 25 e 26)

Especialistas veem restrição à ação da Justiça em campanhas; relator nega Pelo menos oito pontos da minirreforma eleitoral sancionada pelo presidente Lula no final de setembro tornam mais brandas ou dificultam punições por irregularidades na propaganda ou na prestação de contas dos políticos, informam Ranier Bragon e Fábio Zanini. A nova lei limita aos partidos, excluindo o Ministério Público, a tarefa de mover ação contra propaganda irregular no rádio e na TV. (págs. 1 e A4)

O ESTADO S. PAULO
REAL SE FORTALECE E MANTEGA TEME 'EXCESSO DE OTIMISMO'

Euforia com o Brasil cresce e leva governo a ver especulação com juros A euforia com o Brasil e o enfraquecimento global do dólar fizeram a Bovespa atingir ontem o maior nível em 15 meses, com 63.759 pontos, acumulando valorização de quase 70% em 2009. A moeda americana caiu 0,97% e fechou a R$ l,739, a menor cotação do ano. O ministro Guido Mantega (Fazenda) expressou preocupação com o “excesso de otimismo" do mercado sobre o Brasil, vendo nisso o interesse de especular sobre uma eventual alta dos juros. Para o ex-ministro Luiz Carlos Mendonça de Barros, a força do dólar como moeda de reserva global está "abalada". "A atual crise apenas catalisou um processo de reconhecimento de que o dólar não tem mais credibilidade para ser a moeda do mundo." Bancos centrais asiáticos intervieram no câmbio para evitar valorização ainda maior de suas moedas. (págs. 1, B1, B3 e B10)

JORNAL DO BRASIL
130 MILHÕES DE HECTARES PARA REFORMA AGRÁRIA

Decreto ameaça afetar 50 mil grandes propriedades rurais em todo o país O decreto que definirá novos índices de produtividade sobre grandes propriedades rurais ameaça virar o novo epicentro dos conflitos no campo. A mudança opõe o MST e defensores da reforma agrária a grandes proprietários de terra, entidades como a CNA e bancada ruralista. A estimativa do Incra é que pelo menos 50 mil grandes propriedades rurais - equivalente a 30 milhões de hectares de terra no país - podem ser desapropriadas para ampliar o estoque de terras da reforma agrária. O número representa 12% do que está hoje nas mãos dos empresários rurais. Os atuais índices de produtividade estão em vigor há 34 anos. A modificação proposta pode, na média nacional, forçar a elevação da taxa de ocupação na pecuária a saltar de 0,6 para 1 unidade animal por 10 mil metros quadrados. A produção de grãos, como a soja, terá de dobrar em algumas regiões. (págs. 1 e País A6)

CORREIO BRAZILIENSE
POLICIAL É MORTO EM EMBOSCADA

A violência encerrou mais cedo a carreira de Luiz Carlos Ferreira Soares, 37 anos. O investigador da Divisão de Combate ao Crime Organizado (Deco) foi executado com um tiro no peito próximo à DF-001, na região do Colorado. O policial estava a serviço e foi encontrado dentro de um carro descaracterizado da Polícia Civil. A principal hipótese é a de que Luiz Carlos foi vítima de uma emboscada após ter sido atraído ao local do crime por algum informante. Até o fechamento desta edição, ninguém havia sido preso. (págs. 1 e 23)

VALOR ECONÔMICO
GOVERNO PROJETA FUNDO SOBERANO PARA O CÂMBIO

O governo já tem pronto o regulamento de um novo fundo soberano destinado a absorver o excesso de dólares no mercado com o lançamento de títulos de longo prazo do Tesouro. A decisão de oficializar esse fundo não foi tomada porque nem o Ministério da Fazenda, onde foi elaborado o regulamento, nem o Banco Central têm segurança sobre a conveniência de criar um novo agente oficial no mercado de câmbio além do BC. Tudo será feito se for de comum acordo com a autoridade monetária. O que é consenso no governo é que, sem uma ação decisiva, a entrada de investimentos externos, de até US$ 25 bilhões até dezembro, poderia criar uma bolha cambial, pressionando fortemente para baixo a cotação do dólar. O BC tem enxugado o excesso de dólares no mercado por meio das chamadas operações compromissadas, comprando dólares e lançando títulos de curto prazo, a maior parte inferior a duas semanas, que aumentam a dívida pública. (págs. 1 e C1)

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