As carinhosas referências feitas a Sarney e sua obra literária no discurso de ontem do presidente de Israel, Shimon Peres, revelaram uma longa amizade que já celebra 22 anos. Começou quando se conheceram em 1987. Sarney era presidente do Brasil, e Peres, Ministro do Exterior de Israel. Tem crescido desde então. "... quando li os seus livros instigantes, concordei com o conselho dado por Saraminda àqueles que buscam o ouro. A beleza não está no ouro, está no homem...", disse referindo-se a personagem que dá título a um dos livros mais traduzidos de Sarney. Em 1996, Sarney e Peres voltaram a se encontrar em Paris, quando acompanhavam a cerimônia fúnebre do ex-presidente François Mitterrand. Desde então, regularmente trocam correspondência. Em carta de julho deste 2009, por exemplo, Peres tece muitos comentários sobre obra literária de Sarney, de quem se tornou leitor. No discurso emocionante fez questão de destacar que "o Brasil nega o terror e apóia o processo de paz", Peres também disse que espera contar com a mediação do presidente Lula e de Sarney no processo de busca pela paz no Oriente Médio. Nesta quarta, em almoço no Itamaraty, Lula ofereceu apoio ao processo de paz entre israelenses e palestinos.Não será diferente com Sarney, defensor da paz, cuja proximidade com Peres foi fundamental, por exemplo, para que a Justiça israelense revisse sentença contra a brasileira Lâmia Hassan, acusada de cumplicidade em atos terroristas e condenada a prisão perpétua. Lâmia ganhou liberdade no início dos anos 90.
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