quinta-feira, 10 de junho de 2010

Opinião, Notícia e Humor

MANCHETES DO DIA

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O GLOBO
BRASIL VOTA A FAVOR DO IRÃ E SE ISOLA DENTRO DA ONU

Ahmadinejad desafia eficácia de sanções, e Lula diz que países fizeram 'birra'. O Brasil e a Turquia ficaram isolados no Conselho de Segurança da ONU ao votar contra as sanções ao Irã, aprovadas por 12 dos 15 de seus membros, com abstenção do Líbano. A nova resolução representa uma derrota para a diplomacia brasileira, que lutou até o último momento para adiar a votação. A medida dificilmente deterá o programa nuclear iraniano, mas abre caminho legal para que sanções unilaterais mais duras sejam adotadas por EUA e países da UE. O presidente iraniano manteve a retórica desafiadora: "Essas resoluções não têm valor. São como um lenço usado, que deve ser jogado na lixeira”. Já o presidente Lula, irritado, disse que os países votaram por "birra": "Eu sinceramente espero que o companheiro Ahmadinejad continue tranqüilo.” (Págs. 1, 37 a 39 e editorial "Uma derrota desnecessária do Brasil")

FOLHA DE S. PAULO
ONU APROVA SANÇÕES AO IRÃ E LULA DIZ QUE É “BIRRA”

Presidente critica o Conselho de Segurança; iraniano Ahmadinejad compara a decisão a lixo. Com apenas dois votos contrários - do Brasil e da Turquia - e uma abstenção - do Líbano -, o Conselho de Segurança da ONU aprovou a quarta rodada de sanções contra o Irã por causa do seu programa nuclear. Apesar de elogiarem os esforços do Brasil e da Turquia por uma solução negociadas, 12 países do conselho votaram a favor da resolução, elaborada pelos EUA. O presidente Barack Obama disse que a decisão não "fecha a porta para a diplomacia". Para o brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, os votos pela punição ocorreram "apenas por birra". Segundo ele, o Conselho de Segurança perdeu chance histórica para negociar. O iraniano Mahmoud Ahmadinejad, chamado de companheiro por Lula, comparou a medida a "papel para limpar a boca que jogamos no lixo". (Págs. 1 e Mundo)

O ESTADO DE S. PAULO
ONU APROVA NOVAS SANÇÕES AO IRÃ E LULA DIZ QUE É 'BIRRA'

Apenas Brasil e Turquia votaram contra, e presidente brasileiro critica países que se alinharam aos EUA. "O Conselho de Segurança da ONU aprovou a quarta rodada de sanções ao Irã, por causa de seu programa nuclear. Dos 15 votos, 12 foram favoráveis - apenas Brasil e Turquia votaram contra, e o Líbano se absteve. Embaixadores de EUA, França e Grã-Bretanha celebraram o resultado como uma vitória. Já os representantes de Brasil e Turquia saíram sem falar com os repórteres. O texto ficou aquém do que pretendiam os EUA, com o objetivo de obter o apoio de China e Rússia. O Brasil não participou das negociações para a elaboração do documento. O presidente Lula disse que as sanções foram aprovadas por "birra" e criticou quem se alinhou aos EUA. "Espero que o companheiro (Mahmoud) Ahmadinejad continue tranquilo", disse Lula, referindo-se ao presidente do Irã. (Págs. 1 e Internacional A14 e A15)


JORNAL DO BRASIL
BRASIL TIRA MÁSCARA DA ONU

Voto contra sanções ao Irã expõe falência do Conselho de Segurança sob controle dos EUA. A decisão do Conselho de Segurança da ONU, que impôs novas sanções contra o Irã por 11 votos a 2, foi encarada pelo governo brasileiro como uma "vitória de Pirro" dos EUA e expôs o fracasso do organismo internacional como um fórum imune aos interesses hegemônicos. A vitória da pressão americana já era esperada por Brasil e Turquia, os únicos a votarem a favor do acordo com o país persa, que fora incentivado antes da assinatura em Teerã pelo próprio presidente Barack Obama. O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, acusou: "O Brasil pode ser independente por não dever ao FMI”. Ele lamentou os prejuízos ao promissor comércio bilateral com Teerã. (Págs. 1 e Tema do dia A2 e A3)

CORREIO BRAZILIENSE
BC AUMENTA A TAXA DE JUROS

Crescimento econômico em taxa chinesa expõe as falhas na infraestrutura, revela o rombo das contas externas e pressiona o BC. Crescer a ritmo chinês em 2010 vai expor um Brasil esburacado, com dificuldades para embarcar quase todo tipo de mercadoria e carente de mão de obra especializada. O ganho impressionante de 9% do Produto Interno Bruto (PIB) registrado no primeiro trimestre do ano repôs as perdas causadas pela crise internacional, mas deverá antecipar ou até mesmo agravar gargalos na infraestrutura básica. O avanço sustentável da economia está atrelado ao tempo, a investimentos bilionários e à elaboração de regras de mercado mais claras.


VALOR ECONÔMICO
EMISSÃO DE ESTATAIS IMPACTA CÂMBIO

O mercado financeiro começou a fazer contas para avaliar o impacto que a emissão de ações do Banco do Brasil e da Petrobras poderá ter no mercado de câmbio. Espera-se que a transação do BB chegue a US$ 5 bilhões e que a capitalização da Petrobras - que estava sendo votada no Senado ontem à noite - envolva US$ 25 bilhões dos minoritários. Parte ainda não definida desse total viria dos investidores externos. Para analistas, dado o potencial de ingresso de dólares no país, o câmbio poderia voltar a R$ 1,70 no fim do ano. Ontem, fechou a R$ 1,848. Especialistas estimam que aproximadamente 50% dos recursos viriam de investidores estrangeiros, o que poderia significar um fluxo extra de US$ 15 bilhões ao país. Há investidores externos, no entanto, que venderam ações de companhias brasileiras e não tiraram seus recursos do país, guardando liquidez em reais para comprar as novas ações da Petrobras e do BB. Parte do fraco desempenho da bolsa brasileira estaria relacionado a isso. Além do fluxo externo inerente a essas transações, a capitalização das duas gigantes estatais, se bem-sucedida, atrairia mais dólares por conta do otimismo maior do mercado com o Brasil. (Págs. 1 e C2)



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