terça-feira, 27 de maio de 2014

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Deputados dizem aceitar debater orçamento, mas criticam mentor da campanha “Reduza Já”

As manifestações da última sexta-feira (23) repercutiram na sessão deliberativa de hoje na Assembleia Legislativa do Amapá (ALAP). O movimento denominado “Reduza Já” pede um corte no orçamento do Legislativo em 50% e foi puxado pelo senador João Capiberibe (PSB), que foi muito criticado por ser um dos mais caros parlamentares do Senado, segundo levantamentos do jornal O Globo e do site Congresso em Foco. Em 2012 e em 2013 o parlamentar do Amapá figura no ranking como o sexto parlamentar que mais gastou dinheiro do contribuinte em ressarcimento de despesas como viagens, aluguel, publicidade e até despesas na lanchonete Mc Donald. Vários parlamentares estaduais discursaram sobre o tema, especialmente durante as discussões pela votação de requerimento de autoria da deputada Marília Góes (PDT), que pede a realização de uma audiência pública na ALAP para se debater a repartição do bolo orçamentário do Estado, bem como o custeio dos Poderes e do Ministério Público, que ainda hoje paga a gratificação do auxílio-moradia mesmo para promotores e procuradores que moram na Capital e possuem casa própria. Roseli Matos (DEM) disse que essa não é a primeira vez que João Capiberibe encabeça movimento semelhante. “Ele não tem moral para fazer esse circo todo em frente à Assembleia”, disparou a parlamentar. Comparação – Já o deputado Charles Marques (PSDC) disse que nunca foi eleitor de Sarney no Amapá, mas que os resultados de seus mandatos como senador para o Amapá são infinitamente superiores aos de Capiberibe. “O presidente Sarney trouxe energia para cá e o sexto senador mais caro do país não trouxe nada; quando o presidente Sarney trouxe a segunda hidrelétrica e depois a terceira usina hidrelétrica para o Amapá, o sexto senador mais caro do país continuo não fazendo nada”, disparou Marques. Edinho Duarte (PP) foi outro que elevou o tom das críticas a Capiberibe. Ele disse que o que está ocorrendo no Amapá hoje, uma anunciada crise institucional, é uma repetição do período de quase oito anos em que Capiberibe governou o Amapá. “Ele não respeita as instituições. Já disparou contra o Judiciário, o Tribunal de Contas e o próprio Ministério Público. Como faz com todo mundo que não se submete a seus caprichos”, acusou o parlamentar. Já o presidente em exercício da ALAP, Júnior Favacho (PMDB), disse que é louvável a discussão sobre o custeio dos Poderes Constituídos e o Ministério Público e declarou seu voto favorável à proposição da colega Marília Góes. “Mas gostaria que o Executivo de fato pudesse debater com a sociedade a melhor aplicação dos recursos do contribuinte, afinal o Governo do Estado é quem fica com a maior parte do orçamento estadual, na ordem de 82%, enquanto o restante é que é rateado entre os Poderes Constituídos, o Ministério Público e o Tribunal de Contas”, concluiu. O requerimento de Marília foi aprovado por unanimidade e a data para a realização da audiência pública deverá ser anunciada nos próximos dias.


Assembleia Legislativa do Estado do Amapá – ALAP
Departamento de Comunicação - DECOM
Diretor do Decom - Cleber Barbosa
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