A presidenta Dilma Rousseff destacou em discurso a importância de ampliar a infraestrutura de transporte pelo território nacional durante a cerimônia de inauguração de trecho da Ferrovia Norte-Sul. “Aqui se pode conectar todo o Brasil com o sistema ferroviário”, declarou a presidenta. Dilma entregou o trecho de 855 quilômetros da ferrovia que liga as cidades de Anápolis (GO) e Porto Nacional (TO) na manhã desta quinta-feira (22). Concebida há 27 anos sob o propósito de interligar a malha ferroviária e diminuir custos de transporte, a Norte-Sul terá a extensão de 4.155,6 quilômetros e interligará dez estados do território nacional. “Essa coluna vertebral permitirá que estados, um estado como é o estado de Goiás, do interior, seja de fato um estado perto do mar, perto dos navios. Ela coloca o litoral aqui. Transforma Goiás num polo logístico, porque ela será crucial particular todos os sistemas de transporte do Brasil, tanto aqueles que se dirigem ao Sul, que são mais tradicionais, quanto àqueles que se destinarão ao Norte, e que serão o futuro do país se olhar a importância das hidrovias no nosso país. Essa ferrovia é uma conquista”, comentou. A expectativa inicial é a de que um volume de 4 mil toneladas de minério de ferro circule pelo trecho entre Anápolis e Porto Nacional tendo como destino o porto de Itaqui, na região de São Luís (MA). O trecho de Palmas a Anápolis se interliga com o segmento de Palmas a Açailândia (MA) da Norte-Sul, com 719 km, que está em operação desde 2007. No total, são 1.574km de linha férrea desde Maranhão até Goiás. “Considero que aquilo que eu vi aqui hoje neste distrito agrícola e industrial de Anápolis é que recuperamos a iniciativa do investimento em ferrovias. Devemos nos orgulhar disso”, disse a presidenta.
Investimentos
A inauguração do trecho marca a nova conjuntura em que está inserido o transporte ferroviário de carga no Brasil, segundo o ministério dos Transportes. Alvo de R$ 4,2 bilhões em investimentos previstos pelo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), a Norte-Sul passará a ser ferrovia estruturadora do Sistema Ferroviário Nacional, ao proporcionar acesso de produtores a vários portos e corredores de exportação. Também irá estimular a competitividade intramodal, não só entre os portos, mas também entre os operadores logísticos que realizarão o transporte da carga. “Dizem que demorou 27 anos. É verdade, mas vou dizer o seguinte: demorava 27 anos. Hoje não demora mais. Quero dizer a vocês, que foi um grande esforço em 2007 dar início ao trecho Araguaína-Palmas, porque o governo federal ainda não tinha os recursos todos disponíveis. E nós fomos fazendo, e fomos também aprendendo enquanto fazíamos, porque o Brasil tinha parado de investir durante muito tempo”, afirmou a presidenta. Dilma também exaltou o fato de o governo recuperar a iniciativa do investimento em ferrovias ao lembrar que a próxima parte da Norte-Sul, que vai de Goiás até Estrela do Oeste (SP), está em fase adiantada de construção. A presidenta reafirmou que obras como a ferrovia são prova de que o Brasil tem condições de investir em infraestrutura. “O Brasil tinha deixado várias ferrovias Norte e Sul para trás. Estou falando em relação a outros segmentos. Portanto, considero que o que eu vi aqui hoje, o que podem ver e que vão sentir aqui nesse distrito agrícola e industrial de Anápolis é que recuperamos a iniciativa do investimento em ferrovias. (…) Essa ferrovia é o sonho que tínhamos e agora podemos dizer: está plenamente realizado e comprovado que se fomos capazes de fazer o trecho original, concluiremos o trecho que nós mesmos projetamos. O Brasil tem todas as condições de investir em infraestrutura”, analisou. Entre os benefícios do empreendimento estão a significativa redução do custo do transporte de carga, do consumo de combustível e do índice de acidentes nas estradas, já que grande parte da carga escoada atualmente pelas rodovias poderá ser transportada pela Ferrovia Norte-Sul.
Fonte: Blog do Planalto, com informações do Portal Brasil.
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