O Senado realiza na próxima terça-feira (27), às 12h, sessão especial para comemoração do centenário do nascimento de Maria Rita de Souza Brito Lopes Pontes, a Irmã Dulce (1914-1992), chamada de “o anjo bom da Bahia”. A religiosa católica, nascida em Salvador, dedicou-se a atividades de assistência aos pobres e criou várias instituições de caráter filantrópico. A mais famosa delas é o Hospital Santo Antônio, na capital baiana. Irmã Dulce será homenageada pela trajetória de vida dedicada à ajuda ao próximo e à vida religiosa. O pedido de realização da sessão é do senador José Sarney (PMDB-AP), que, quando presidente da República, em 1988, chegou a indicar a freira para a disputa do Prêmio Nobel da Paz. Sarney argumentou que suas ações de caridade eram reconhecidas em todo o mundo. Na época, a indicação da religiosa obteve apoio da rainha Sílvia da Suécia. Em 1980, ela rezou com o papa João Paulo II, na primeira visita do líder católico ao Brasil. Em 2011, Irmã Dulce foi beatificada pelo papa Bento 16. O que, de acordo com a tradição, é o último passo rumo à canonização, com a qual a religiosa pode ser inscrita entre os santos da Igreja Católica. Em 2014, o governador da Bahia, Jacques Wagner, instituiu o Dia Estadual em Memória à Bem Aventurada Dulce dos Pobres, comemorado em 13 de agosto. A religiosa, que em 1933 ingressou na Congregação das Irmãs Missionárias da Imacula Conceição da Mãe de Deus, na cidade de São Cristóvão, em Sergipe, adotou o nome Dulce para homenagear sua mãe. Suas intensas atividades em socorro dos pobres tornaram a irmã franzina, com o hábito de freira, uma figura popular no país. No requerimento de homenagem, Sarney ressalta a relevância da homenagem, dada a eterna gratidão do povo da Bahia e do Brasil pelos serviços prestados pela Irmã Dulce e por seu exemplo de vida.
Agência Senado
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