Os cálculos sobre o impacto que a transposição dos servidores para a União causaria na folha de pagamento federal foram superestimados, dando conta de algo em torno de R$ 1,2 bilhão. Por causa disso, havia certa resistência da União em absorver os trabalhadores em questão.
Marcello
Gomes/A Gazeta
Sindicalistas
de Amapá e Roraima reconheceram o empenho do senador José Sarney pela aprovação
da PEC 11. “Foi uma grande vitória do movimento sindical”, festejou Marco
Antônio Nunes, presidente do (Frespar) Fórum Regional Sindical, Parlamentar e
de Entidades Sociais do Acre, Amapá, Rondônia e Roraima, após o plenário do
Senado Federal aprovar por unanimidade (64 votos) nesta terça-feira (20), em
segundo turno, a Proposta de Emenda à Constituição nº 11 (ex-PEC 111), que
permite aos servidores públicos dos ex-Territórios do Amapá e Roraima optarem
por fazer parte do quadro em extinção da União. “Estamos muito felizes.
Agradecemos ao senador José Sarney, que foi relator da PEC 11 na Comissão de
Constituição, Justiça e Cidadania do Senado Federal. Foi o senador Sarney que
conseguiu levar a votação ao plenário e, por unanimidade, conseguir a
aprovação. Obrigado, senador”, disse Nunes. Marco Antônio revelou que os cálculos
sobre o impacto que a transposição dos servidores para a União causaria na
folha de pagamento federal foram superestimados, dando conta de algo em torno
de R$ 1,2 bilhão. Por causa disso, havia certa resistência da União em absorver
os trabalhadores em questão. Mas segundo um técnico do Ministério do
Planejamento Orçamento e Gestão (MPOG), ouvido pelo Frespar, esse número
absurdo foi contestado graças ao senador Sarney, que orientou a imediata
apresentação dos dados elaborados pelos secretários de Administração do Estado
e do Município de Macapá. Os novos números foram entregues pessoalmente aos
técnicos da Secretaria Executiva do MPOG, em reunião ocorrida em Brasília. Marco
Antônio, que ainda está em Brasília acompanhando o andamento do processo, retorna
a Macapá nesta sexta-feira (22). “Na próxima semana voltaremos a Brasília para
a promulgação da lei, que significa introduzir a nova emenda constitucional no
compêndio jurídico brasileiro”, observa o sindicalista. Assim que a lei for
regulamentada, o governo terá 180 dias para se adequar aos trâmites legais.
Acreditamos que a União cumprirá as exigências legais o mais breve possível,
ainda mais pelo fato de estar sujeita a penalidades pelo não cumprimento da
norma”, reiterou. Pelo novo cálculo, o impacto que a aprovação da PEC 11 terá
junto à folha da União será de R$ 482 milhões por ano. Por mês, a despesa será
de R$ 37 milhões - menos da metade do valor orçado com a transposição que
ocorreu em Rondônia.
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