“Mesmo diante de todas as evidências, a Eletronorte, não se informou que o apagão era inevitável. Como já estavam ocorrendo as interrupções, tiveram que vir a público admitir o racionamento e anunciar um cronograma de desligamentos que atingiria a todos os bairros de Macapá”, lembrou a deputada.
Com a termoelétrica de Santana com sua produção paralisada, a Eletronorte teve que lançar mão do estoque-reserva que havia no reservatório de Coaracy na tentativa desesperada de adiar o racionamento, que acabou ocorrendo na última semana.
“E o pior de tudo é que, além de não se prevenirem para enfrentar a seca do rio Araguari, a Eletronorte e a CEA também não avaliaram que nesse período do ano em Macapá, o consumo de energia elétrica chega a dobrar em virtude do verão rigoroso e da realização da Expofeira, que aumentam o consumo de energia”, disse.
Antes dos contratempos ocorridos e dos prejuízos gerados para a comunidade, para Fátima Pelaes, os representantes dessas empresas poderiam ter acionado a Bancada Federal para encontrar uma saída viável para o problema.
“Mas isso não ocorreu e não podemos aceitar que a população tenha prejuízos com equipamentos danificados e alimentos estragados em virtude da falta de planejamento dos gestores dessas empresas.
A deputada também lembrou que a oferta abundante de energia elétrica é de suma importância para o fortalecimento da economia do Amapá e sem um parque energético em condições de suprir a demanda, o Estado não terá como atrair empresas de grande porte para se estabelecer em território amapaense.
Por conta do problema, a Fátima Pelaes defendeu que a saída para evitar novos apagões é a construção Linhão de Tucuruí, que irá passar pelos estados do Pará e o Amapá, e beneficiará diretamente a comunidade amapaense gerando empregos e possibilidades de atendimento em localidades ainda não atendidas com energia elétrica. Outro projeto viável e a construção da usina de Santo Antônio, em Laranjal do Jari
Recentemente, audiências públicas têm sido realizadas no Estado a fim de viabilizar novas oportunidades para a melhoria da oferta de energia na região. Outra alternativa que está em discussão no Estado é a busca pelo licenciamento ambiental para a implantação da Hidrelétrica de Santo Antônio, no município de Laranjal do Jari.
“A busca para solucionar a deficiência energética no Estado será uma das metas do nosso mandato. Precisamos viabilizar urgentemente a ampliação da oferta de energia e assim gerar o desenvolvimento merecido para o nosso Estado”, disse.
Leia o pronunciamento completo...
Pronunciamento da Dep. Fátima Pelaes
RACIONAMENTO DE ENERGIA
Senhor Presidente,
Desde a última semana a população Amapaense tem passado a conviver com o racionamento de energia elétrica. Segundo informações oficiais da Eletronorte e da Companhia de Eletricidade do Amapá - CEA, dois fatores foram o responsáveis pelo apagão. O primeiro, o verão rigoroso que prolongou o período de estiagem e provocou a ausência de chuva na cabeceira do rio Araguari, prejudicando a produção da Usina Coaracy Nunes, e o segundo, a falta de combustível para abastecimento da Usina Termoelétrica de Santana, principal geradora de energia na região.
A princípio, mesmo com todas as evidências, tanto a Eletronorte como a CEA chegaram a negar o racionamento, mas depois de perceberem que o apagão era inevitável e como os apagões já estavam ocorrendo, tiveram que vir a público anunciar um cronograma de desligamentos que atingiria a todos os bairros de Macapá, a capital do Estado. De acordo com o comunicado, os desligamentos seriam de 15 minutos, seguindo um rodízio previsto para ocorrer apenas durante o dia. O racionamento não ocorreria no turno da noite. Mas não foi o que aconteceu porque os apagões estão acontecendo de dia e de noite e chegam a durar mais de uma hora.
Nobres colegas, técnicos da Eletronorte anunciaram em entrevista à imprensa amapaense que iriam se reunir para avaliar a possibilidade de reduzir os intervalos no corte no fornecimento de energia. Mas o que se pôde perceber é que a Eletronorte não se programou para esses eventuais problemas e não se preocupou em viabilizar o combustível para a termoelétrica de Santana.
E o que é pior, além de não se prevenir para enfrentar a baixa do nível das águas, também não avaliaram que nesse período do ano em Macapá, o consumo de energia elétrica chega a dobrar em virtude do verão rigoroso e da realização da Expofeira, que aumentam o consumo de energia.
Antes dos contratempos ocorridos e dos prejuízos gerados para a comunidade, os representantes destas empresas poderiam ter acionado a Bancada Federal para encontrar uma saída viável para todos os consumidores do Estado. Não podemos aceitar que a população tenha prejuízos e equipamentos estragados em virtude da falta de planejamento dos gestores locais.
Por fim, Sr. Presidente, Sras. e Srs. Deputados, todos sabemos que a crise prejudica ainda mais os estados em desenvolvimento como o Amapá, um estado novo que acabou de conquistar sua maioridade. A oferta abundante de energia elétrica é de suma importância para o fortalecimento da economia local. Sem um parque energético em condições de suprir a demanda, o Estado não terá como atrair empresas de grande porte para se estabelecer em território amapaense.
Recentemente, audiências públicas têm sido realizadas no Estado a fim de viabilizar novas oportunidades para a melhoria da oferta de energia na região. O Linhão de Tucuruí, que irá passar pelos Estados do Pará e o Amapá, vai beneficiar diretamente a comunidade amapaense gerando empregos e possibilidades de atendimento em localidades ainda não atendidas com energia elétrica. Outra oportunidade que está em discussão no Estado, é a busca pelo licenciamento ambiental para a implantação da Hidrelétrica de Santo Antônio, no município de Laranjal do Jari.
Tanto o Linhão de Tucuruí quanto a Hidrelétrica de Santo Antônio, ainda se encontram na fase inicial para a obtenção de licenciamento ambiental junto ao IBAMA. O que precisamos é de mais agilidade no processo de liberação ambiental para a implantação destas estruturas, a fim de sanar tantos problemas com a falta de energia.
A busca para solucionar a deficiência energética no Estado será uma das metas de nosso mandato e creio também que de toda a bancada federal amapaense. Precisamos viabilizar urgentemente a ampliação da oferta de energia e assim gerar o desenvolvimento merecido para o nosso Estado. Mas enquanto essa solução definitiva não chega, não podemos aceitar a irresponsabilidade da Diretoria Regional da Eletronorte que não se planejou deixando nosso Estado nesta situação lastimável. Também destacamos a manifestação da população através das matérias do Jornal do Dia e Diário do Amapá e os blogues os quais anexamos ao nosso pronunciamento.
Deputada Fátima Pelaes
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