quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Opinião, Notícia e Humor


MANCHETES DO DIA

Novos cortes de energia poderão ocorrer se não forem criados mecanismos de prevenção. O apagão que atingiu 18 estados brasileiros e retirou 45% da carga de energia do país foi causado por raios, chuvas e ventos que derrubaram três linhas de transmissão que levavam a energia da hidrelétrica de Itaipu para o Sudeste e o Centro-Oeste. Especialistas alertam que o sistema interligado brasileiro, conhecido como um dos mais seguros do mundo, ainda está vulnerável e precisa de novos mecanismos de proteção para evitar novas quedas de energia. Nos últimos dez anos, novas linhas de transmissão foram construídas, medidas de segurança foram idealizadas e um sistema de "ilhamento" foi concebido, permitindo que algumas áreas pudessem ter energia, mesmo se fechando em si e garantindo o abastecimento de áreas especificas. Não há explicação para o fato de esse sistema ter falhado no Sudeste. No Rio, 2.906 crianças ficaram sem aulas por falta de água. (págs. 1 e 21 a 28)

FOLHA DE S. PAULO
TEMPORAL CAUSOU APAGÃO,DIZ GOVERNO

Ministro culpa 'descargas atmosféricas, ventos e chuvas muito fortes'; especialistas contestam. Falta de energia afetou 18 Estados, não nove Estados e o DF, como informava a 1ª versão oficial O governo atribuiu a um temporal a responsabilidade pelo apagão mais abrangente do país, que deixou sem energia elétrica moradores de 18 Estados e do Distrito Federal entre a noite de terça e a madrugada de ontem. As primeiras informações oficiais falavam em nove Estados afetados. De acordo com o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, "descargas atmosféricas, ventos e chuvas muito fortes" causaram um curto-circuito que desativou três linhas de transmissão de Itaipu. A usina foi totalmente desligada pela primeira vez. O governo afirmou que o apagão, em termos de perda de energia (46% da geração), foi menor que o de março de 1999, na gestão Fernando Henrique Cardoso, que atingiu dez Estados e o Distrito Federal (perda de 70%). O presidente Lula tratou o episódio como um "incidente" . O Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), ligado ao governo, diz ser baixa a possibilidade de descarga elétrica ou chuvas fortes terem provocado o blecaute e aponta possível falha no sistema. Especialistas contestam a explicação oficial e vêem má gestão. (págs. 1 e Cl)

O ESTADO S. PAULO
GOVERNO ATRIBUI APAGÃO A RAIOS; PARA ESPECIALISTAS, REDE É FRÁGIL

Blecaute que afetou 18 Estados, o maior em 10 anos, mostra sistema vulnerável a 'efeito dominó'O ministro Edison Lobão (Minas e Energia) disse ontem que raios, ventos e chuvas fortes em Itaberá (SP), onde fica uma subestação de Furnas, são a provável causa do maior apagão no País em dez anos. O blecaute atingiu 18 Estados por até quatro horas na noite de terça. Lobão negou falta de investimento, afirmando que o sistema é “de muito boa qualidade" - e o PT acusou a oposição de tentar criar“factoide” com o caso. O apagão afetou mais pessoas do que o último grande incidente do setor, em 1999, durante o governo FHC. Para especialistas, essa extensão expôs a fragilidade de um sistema quase totalmente dependente de geração hidrelétrica e vulnerável ao"efeito dominó". Mas eles destacaram que a rede mostrou, agora, maior agilidade para o restabelecimento da energia. (págs. 1, C1 e C3 a C12)
JORNAL DO BRASIL
"ISSO FOI UM MICROPROBLEMA"

Em todo o país, pelo menos 80 milhões foram prejudicados. No Rio, 75% dos alimentos nos restaurantes se perderam. Oposição pede explicações. Governo minimiza necessidade. O apagão que deixou nove estados do país e pelo menos 80 milhões de brasileiros às escuras por quase quatro horas não impressionou o ministro da Justiça. Para Tarso Genro, o incidente foi um "microproblema" diante das questões que o governo já teria resolvido. Com o modelo de distribuição sob críticas de especialistas, o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, atribuiu o blecaute à incidência de raios. Segundo Lobão, a região onde a falha ocorreu é uma das mais críticas do mundo. Ele garantiu que o sistema, apesar do transtorno, mostrou-se eficiente pela recuperação. (págs. 1 e Tema do dia A2 e A8)

O fantasma do apagão, que em 2001 azucrinou os tucanos, voltou para assombrar os petistas. Preocupado com os efeitos do blecaute que atingiu 18 estados, o presidente Lula comandou uma operação técnica e política. Preservou Dilma Rousseff, responsável pelo modelo energético no país, dos ataques da oposição e delegou ao ministro Edison Lobão e a técnicos executivos do governo a tarefa de dar explicações públicas sobre a pane no sistema. A justificativa oficial é de que o Brasil foi atingido por ventos e chuvas incomuns, que provocaram um curto-circuito na rede nacional e a consequente falta de luz. Os governistas garantem que o apagão foi acidental e que o sistema elétrico do país é seguro, fruto de uma política de investimentos. Mas tanto o Tribunal de Contas da União quanto o governo de São Paulo já haviam alertado Brasília para as dificuldades nas áreas de transmissão e manutenção de energia. Os prejuízos em todo o país//A radiografia do apagão//A história dos blecautes no Brasil//A opinião de especialistas (págs. 1 e 2 a 13)
VALOR ECONÔMICO
BLECAUTE EXPÕE RISCOS DO SISTEMA

O governo levou quase 20 horas para informar oficialmente a causa do blecaute que atingiu 18 Estados e o Distrito Federal na terça-feira. Segundo o ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, o apagão foi provocado por raios, ventos e chuvas fortes na região de Itaberá, em São Paulo. Essa concentração de fenômenos climáticos teria provocado curtos em três circuitos que vêm de Itaipu e, por isso, o sistema de proteção atuou desligando as linhas de transmissão, "para que não houvesse um acidente ainda maior". Em entrevista em Brasília, Lobão afirmou que essa conclusão sobre as causas foi resultado das discussões de representantes do ministério e de outros órgãos da área, como a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o Operador Nacional do Sistema Elétrica (ONS) e Furnas. (págs. 1 e A5 a A12)

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