segunda-feira, 22 de março de 2010

Geovani Borges defende pacto federativo para cumprir metas do milênio de acesso à água e saneamento

O senador Geovani Borges (PMDB-AP) defendeu nesta segunda-feira (22), Dia Mundial da Água, um pacto federativo para que o Brasil cumpra as metas do milênio propostas pelas Nações Unidas de prover o acesso à água a 66 milhões de brasileiros e ampliar o esgotamento sanitário em 40%.
- Este dia 22 é uma data que não pode ser comemorada por 40 milhões de brasileiros que não tem acesso ao sistema de abastecimento publico. Cem milhões de brasileiros sofrem a falta de esgotos tratados - lamentou o parlamentar.
Ao destacar os investimentos em infraestrutura feitos pelo governo Lula, o senador informou que o governo anunciará no dia 28 um pacote de R$ 40 bilhões para investimento em saneamento entre 2012 e 2014. Porém, o senador reconheceu que apesar dos investimentos de R$ 12 bilhões feitos por meio do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), tem havido escassez de água no Norte e Nordeste e a poluição dos recursos hídricos tem provocado doenças.
Geovani Borges citou também o diretor da Agência Nacional de Águas (ANA), Paulo Lopes Varella Neto, para quem serão necessários investimentos de R$ 20 bilhões para manutenção de mananciais nos centros urbanos brasileiros. Ele também considera necessário estabelecer metas e prazos claros para acelerar o acesso, melhoria e conservação de mananciais e criação de conselhos gestores em todos os estados para definir o potencial de abastecimento hídrico, com prazo determinado.
O senador afirmou que a má qualidade da água mata 5 milhões de pessoas anualmente no mundo. Na América Latina, ocorrem cem mortes diárias, num total de 36 mil por ano e, no Brasil, o problema provoca 700 mil internações anuais, devido à inadequação ou falta de saneamento.

Poluição mata mais que violência

Geovani Borges destacou o crescimento da população mundial e o aumento da poluição dos recursos hídricos em níveis alarmantes como causas da escassez de água. O senador citou estudo do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), divulgado em Nairóbi, no Quênia, nesta segunda-feira, segundo o qual uma criança morre a cada 20 segundos devido à poluição da água. Alertou também para a necessidade de medidas urgentes tendo em vista que em quatro décadas a população mundial dobrará de tamanho.
Outro dado divulgado pela ONU, segundo o senador, é que atualmente o número de mortes em consequência de doenças provocadas por água poluída é maior do que as causadas pela violência e pelas guerras.

Da Redação / Agência Senado

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