quarta-feira, 17 de março de 2010

Sarney pede para que Cabral 'guarde lágrimas' sobre questão dos royalties



Nathalia Passarinho Do G1, em Brasília

Presidente do Senado disse que Casa vai encontrar 'solução negociada'.

"Eu disse ao governador: governador, guarde suas lágrimas que nós vamos encontrar uma solução negociada, com sempre encontramos, de maneira que não prejudique nenhum estado e que o Rio de Janeiro, portanto, não precise ficar tão alarmado "

O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), pediu na segunda-feira (15) que o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral (PMDB), “guarde suas lágrimas” porque os senadores encontrarão uma “solução negociada” para a questão da distribuição dos royalties do petróleo. Na semana passada, a Câmara aprovou emenda que faz uma nova redistribuição dos recursos entre os estados. O Rio de Janeiro e o Espírito Santo são mais prejudicados com a emenda, que retira dinheiro dos dois estados. No caso do Rio, a redução dos repasses pode chegar a até R$ 7 bilhões. O Espírito Santo pode perder até R$ 400 milhões anuais. Na sexta-feira (12), Cabral chegou a chorar ao falar sobre a aprovação da emenda. “Eu disse ao governador: governador, guarde suas lágrimas que nós vamos encontrar uma solução negociada, como sempre encontramos, de maneira que não prejudique nenhum estado e que o Rio de Janeiro, portanto, não precise ficar tão alarmado”, afirmou Sarney, referindo-se a uma conversa que teve mais cedo com o governador do Rio. Ele disse acreditar em uma solução negociada para o impasse sobre a distribuição dos royalties. “A arte da política é a arte da negociação e que para isso nós temos duas câmaras. A Câmara passou por lá, eles negociaram, e nós vamos passar aqui. E o objetivo nosso é justamente encontrar uma fórmula na qual nós não tenhamos nem perdedores nem ganhadores.” O presidente do Senado disse ainda que as propostas de solução para o impasse não devem vir prontas. “Para que tenhamos uma boa negociação é necessário que nós não tenhamos uma fórmula pré-estabelecida, para que as partes que estão envolvidas elas já não se sintam já tolhidas por uma proposta pronta.”

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