As eleições de outubro de 2010 que oferecem 40 cargos eletivos para serem disputados pelos filiados dos 26 partidos que têm registro no Amapá e que já estavam nessa condição no dia 3 de outubro de 2009.
Os 40 cargos eletivos estão assim distribuídos: 1 cargo de Governador do Estado; 1 cargo de Vice-Governador do Estado; 2 cargos de Senador da República; 2 cargos de primeiro suplente de senador; 2 cargos de segundo suplente de senador; 8 cargos de deputado federal; 24 cargos de deputado estadual.
O colégio eleitoral do Estado do Amapá, em 2010, vai superar os 400 mil eleitores aptos a votar. Em Macapá, a capital do Estado, estará concentrada a maior parte desses eleitores distribuídos em duas zonas eleitorais, com mais de 230 mil eleitores. Santana com mais de 60 mil eleitores é a segunda maior concentração eleitoral no Estado.
Com a criação de duas novas zonas eleitorais, a 12ª para abrigar os eleitores de Porto Grande, e a 13ª, para abrigar os eleitores de Vitória do Jarí, as eleições de 2010 terá 13 zonas eleitorais para os 16 municípios que forma o Estado.
As últimas eleições
As últimas eleições gerais, realizadas em 2006, quando o colégio eleitoral contava com 360.614 eleitores, compareceram para votar e escolher os ocupantes dos cargos eletivos, apenas 309.127 eleitores, o que mediu uma abstenção, naquele ano, de 14,28%, como a ausência de 51.487 eleitores.
A abstenção nas eleições no Amapá, isto é, o número de eleitores que deixam de comparecer às urnas, mesmo estando aptos para o exercício do voto, é considerada alta pelos especialistas, mas, até agora, nem o Tribunal Regional Eleitoral e nem os Partidos Políticos, entes diretamente interessados no comparecimento do eleitor, tem agido no sentido de diminuir esse índice de abstenção.
A maior votação individual da última eleição geral, realizada em 2006, foi a obtida por Waldez Góes que, na oportunidade, disputava, no cargo de governador, a reeleição. Ele obteve 160.150 votos, 53,69% dos votos válidos, o que lhe valeu a eleição no primeiro turno de votação. A segunda votação individual foi de José Sarney, que foi eleito para a única vaga em disputa para o Senado da República. Sarney foi eleito com 152.486 votos. Entretanto, o mais votado naquela eleição no Amapá foi o candidato à presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva que obteve 160.675 votos.
Os 63 candidatos que disputaram os 8 cargos de deputado federal, totalizaram 266.951 vos individuais que, somados com os 18,625 votos de legenda, tiveram um total de votos válidos de 285.576 votos. Individualmente, a candidata Janete Capiberibe, do PSB, com 29.547 votos, foi a mais votada e o PMDB, com 61.384 votos foi o partido que mais somou votos.
Os 226 candidatos que disputaram os 24 cargos de deputado estadual totalizaram 279.928 votos individuais que, somados aos 20.716 votos de legenda, fizeram um total de 300.644 votos válidos. Individualmente, Roberto Góes, do PDT, com 10.641 votos, foi o mais votado e o PDT, com 32.404 votos o partido que mais somou votos.
A reeleição
Em 2006, para a disputa do cargo de Governador do Estado, os partidos se organizaram em cinco coligações, sendo que o PSB e o PAN disputaram as eleições de 2006 como “solteiros”, isto é, não coligaram.
A coligação que elegeu Waldez Góes (PDT) e Pedro Paulo (PP), respectivamente, para governador e vice-governador, foi denominada “União pelo Amapá” e formada pelos seguintes partidos: PDT, PP, PMDB, PV, PSC e PRONA.
Desses cindo partidos, o PRONA fundiu-se com o PL e transformou-se em PR, o PSC retirou-se da “base aliada do governo”, enquanto que o PDT, o PP, o PMDB e o PV mantiveram-se no bloco até hoje.
Aos partidos que se mantiveram no “bloco” outros, que disputaram as eleições na condição de adversários, se uniram e passaram a participar da “base do governo”, como é o caso do PSDB, do próprio PTB, que têm pré-candidatos ao cargo de governador nas eleições de 2010.
As cicatrizes das últimas eleições
Já nas eleições de 2008 os partidos não conseguiram mostrar para os eleitores que estavam unidos como propalavam, tanto que 5 dos candidatos que disputaram as eleições municipais vieram da dita “base”. Esse fato mostrou a fragilidade da relação que praticavam aqueles partidos o que levou a uma derrota do primeiro turno de votação para o candidato da oposição, apontado pelo PSB.
No segundo turno, houve um agrupamento novo que fez a “virada nos votos” que acabou dando a vitória para Roberto Góes, que disputava pelo PDT, por uma pequena margem, sobre o candidato Camilo Capiberibe, do PSB.
As feridas abertas durante o primeiro turno viraram cicatrizes irreparáveis no segundo turno de votação. Um exemplo é o caso da deputada federal Fátima Pelaes (PMDB) que foi alijada do grupo por ter declarado apoio ao candidato do PSB durante o segundo turno de votação.
Os problemas aumentaram à media que o tempo passava. Lucas Barreto (PTB), depois de ter sido terceiro colocado na votação para prefeito do município de Macapá, ganhou densidade política e prestigio no seio do eleitorado e, de lá consolidou a sua candidatura ao cargo de governador do Estado nas eleições de 2010. Lucas Barreto, com o prestígio relâmpago que amealhou, atraiu lideranças de vários partidos, inclusive do PMDB, por suas ligações históricas com o senador Sarney e com empresários como Salomão Alcolumbre, que já foi candidato ao cargo de Governador do Estado noutras eleições.
Candidato Natural
Pedro Paulo (PP), duas vezes vice-governador nas duas eleições de Waldez Góes, seria o candidato natural da “base” ao cargo de Governador nas eleições de 2010.
Enquanto isso se desenhava na Assembléia Legislativa, sob o comando do tucano Jorge Amanajás, um Plano de Poder a partir dos deputados da atual legislatura. A primeira investida teve sucesso – Roberto Góes, o deputado mais votado da legislatura, foi eleito prefeito da Capital.
O plano em curso ganhou força e o candidato natural dos deputados estaduais, apontado pelos próprios deputados, seria Jorge Amanajás (PSDB). Nesse ponto o plano começou a enfrenta problemas: havia dois pretendentes legitimados, conforme o entendimento da “base” – Pedro Paulo (PP) e Jorge Amanajás (PSDB).
Nesse ponto outros fatores intervenientes entraram em questão, dentre esses fatores dois se destacaram. O primeiro com relação à prioridade dada a reeleição do senador Papaleo Paes, um dos mais influentes dirigentes nacionais do partido; o outro, a necessidade de renunciar ao cargo, seis meses antes da eleição, do Governador Waldez Góes, para poder concorrer a uma das vagas de senador. Este ano Senador renova dois terços dos seus senadores e, o Amapá vai eleger dois senadores.
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