segunda-feira, 22 de março de 2010

Opinião, Notícia e Humor


MANCHETES DO DIA

(Se você não teve tempo hoje de ler os principais jornais do País, leia-os agora)

O GLOBO
GOVERNO INFLA NÚMEROS DA NOVA VERSÃO DO PAC

Até empréstimo para reforma de casa entra como investimento oficial. Alicerce do projeto eleitoral da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, o PAC-2, que será lançado no próximo dia 29, prevê R$ 1 trilhão em investimentos no período de 2011 a 2014. O governo chegará a esse número usando estratégia semelhante à utilizada na primeira fase do programa: na conta, serão incluídos contratos de compra de imóveis e até empréstimos para reforma concedidos a pessoas físicas pela Caixa Econômica Federal. Hoje, esse total é de R$ 137 bilhões, que entram no cálculo do governo como obras concluídas. Uma parcela dos investimentos da Petrobras, turbinados com a exploração dos campos do pré-sal já licitados, também será incorporada ao PAC. A oposição criticou ontem a baixa execução orçamentária da primeira fase do programa. O presidente Lula deixará para seu sucessor conta estimada em R$ 35,2 bilhões, conforme publicou O GLOBO ontem. (págs. 1 e 3)

FOLHA DE S. PAULO
PLANO DE OBAMA PARA SAÚDE É APROVADO

Proposta que deve agregar 32 milhões de pessoas ao sistema oficial passa na Câmara dos Representantes Na maior vitória do governo Barack Obama até agora, a Câmara dos Representantes (deputados) dos Estados Unidos aprovou ontem à noite, por 219 votos a 212, a reforma do sistema de saúde, informa Andrea Murta. A reforma deve agregar ao sistema de saúde 32 milhões dos 46 milhões de não segurados do país hoje. A medida torna obrigatória a aquisição de planos de saúde - sob pena de multa e com subsídio a indivíduos de baixa renda e pequenas empresas - e impede que seguradoras privadas neguem planos a pacientes com doenças preexistentes. Nenhum republicano votou a favor do projeto, que já fora aprovado no Senado. As mudanças deverão custar ao país US$ 938 bilhões em dez anos.
(págs. 1 e A13)

Despesa de turistas chegou a US$ 1,21 bilhão em janeiro e é a maior para o mês desde 1969. Os gastos dos turistas brasileiros em viagens internacionais atingiram o recorde de US$ 1,21 bilhão em janeiro, maior valor para o mês desde 1969. Na comparação entre janeiro de 2010 e janeiro de 2009, as despesas de brasileiros no exterior saltaram 72,4%. Sozinhas, totalizaram 31,6% de todo o déficit de transações correntes do mês. Nos anos 80, foram de 3% ao mês. Os gastos de brasileiros em viagens pelo mundo crescem rapidamente desde o segundo semestre de 2009. Depois dos meses turbulentos da crise mundial de 2008, a retomada da economia deu confiança aos turistas. A temporada de 2010 promete ser bem mais animadora para a atividade, especialmente para os destinos internacionais. (págs. 1 e Economia B3)

JORNAL DO BRASIL
JUSTIÇA ELEITORAL REFÉM DO CRIME

Candidaturas de bandidos não serão barradas. O presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Rio, Nametala Jorge, admitiu em entrevista ao JB que a Justiça é incapaz de evitar a eleição de candidatos ligados ao tráfico de drogas, milícias ou jogo do bicho. "O TRE é um poder desarmado", resigna-se o magistrado, apostando no julgamento consciente do eleitor e na ampliação da segurança pública para que Legislativo e Executivo estaduais não sejam contaminados por representantes dos criminosos. (págs. 1 e País A6 e A7)

CORREIO BRAZILIENSE
SEGURANÇA PELO MENOS NA HORA DA MORTE

A Superintendência de Seguros Privados (Susep), órgão que regula e fiscaliza o mercado de seguros no Brasil, foi incumbida pelo Ministério da Fazenda de botar a mão em um vespeiro: trazer para a legalidade os planos mútuos ou auxílios-funerais, que prometem um enterro digno a quem pagou pelo serviço por anos a fio. Dados colhidos pelo governo mostram que 25 milhões de famílias contribuem, religiosamente, com parcelas entre R$ 10 e R$ 15 por mês a funerárias espalhadas pelo país, mas, na maioria dos casos, não há nenhum tipo de contrato garantindo o que foi acertado. Ou seja, pelo menos R$ 3 bilhões por ano estão engordando os caixas das funerárias, baseados apenas na confiança entre consumidores e empresários, sem qualquer fiscalização oficial.


Um exército de 2 milhões de produtores ligados a sindicatos rurais, federações de agricultura e cooperativas iniciou um amplo movimento político de mobilização para dobrar o tamanho da influente bancada ruralista no Congresso Nacional. Autorizadas pela nova lei eleitoral a doar recursos para campanhas, as cooperativas já preparam listas de candidatos que devem ser eleitos em outubro. "Vamos apoiar gente de todos os partidos. Não interessa a cor, mas o credo na doutrina cooperativista", resume o presidente da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), Márcio Lopes de Freitas. Aprovada em setembro de 2009, a Lei nº 12.034 permitiu a doação de até 2% do faturamento bruto desse grupos a campanhas eleitorais. "Porque uma empresa podia e uma cooperativa não?", questiona Freitas. Em São Paulo, as cooperativas farão, nesta semana, três seminários estaduais para pregar o voto em candidatos do segmento. "Mais do que doação financeira, nossa força estará nos votos", diz o presidente da Ocesp, Edivaldo Del Grande. "Temos que fazer o lobby saudável e eleger uma bancada com os nove milhões de votos potenciais de que dispomos". Na Assembleia Legislativa, 14 dos 94 deputados fazem parte da bancada cooperativista. No Congresso, 26 dos 70 deputados federais são ligados ao setor.

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