sexta-feira, 12 de março de 2010

Antonio Feijão desmascara ONG ambientalista e pede preservação com uso de riquezas

O deputado Antonio Feijão (PTC-AP) criticou duramente a organização não-governamental (ONG) SOS Mata Atlântica que, em encontro com parlamentares na quarta-feira em Brasília, informou o lançamento de uma campanha publicitária contra os que apoiarem mudanças na legislação ambiental. Atualmente, uma comissão especial discute na Câmara uma reforma do Código Florestal, que é de 1967. De acordo com o deputado, o diretor de mobilização da ONG, Mario Cesar Mantovani, teria dito que os parlamentares serão tratados como “exterminadores do futuro” pela campanha. Para o deputado, a postura do representante da SOS Mata Atlântica, que ele chamou de “falso ambientalismo”, revela ignorância quanto ao papel da Amazônia no País.“Nada é tão difícil como delimitar regiões”, disse Feijão, referindo-se à complexidade de se separar o território amazônico entre área de preservação e área de exploração pelo homem. Segundo ele, as ONGs e os estudiosos do meio ambiente precisam entender que na Amazônia a preservação e o desenvolvimento estão atrelados ao que ele chamou de “trinômio homem, trabalho e natureza”. “Não há como preservar a natureza se não pudermos usar as suas riquezas”, afirmou.

ECO 92 - Feijão disse que posturas como a do diretor da ONG tornaram-se mais frequentes após a realização da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, ocorrida em 1992, no Rio de Janeiro (Eco 92). Depois disso, de acordo com ele, começaram a surgir no País leis, decretos e resoluções que colocaram na ilegalidade milhões de brasileiros que vivem na Amazônia. A situação piorou depois que ONGs ambientais, muitas das quais estrangeiras, passaram a exercer influência sobre as decisões do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), o órgão consultivo e deliberativo do Sistema Nacional do Meio Ambiente.Fruto disso, segundo o deputado, foi a aprovação de uma lei de gestão das florestas públicas (Lei 11.284/06), que promoveu uma desterritorialização de populações na região amazônica. Para o deputado, o modelo implantado pelos ambientalistas ligados às ONGs tem levado pobreza à região. Ele citou como exemplos os assentamentos de reforma agrária, que foram proibidos de usar os recursos florestais. “A reforma agrária na Amazônia é um calvário de pobreza. É onde se empobrece o homem com recursos públicos”, disse.Antonio Feijão avalia que a região precisa ser mais bem compreendida pelos pesquisadores e ambientalistas, que não podem separar o debate ambiental da ocupação humana. Ele afirmou que a ocupação territorial, fomentada pelo governo militar, impôs um custo à região. Mas mesmo com o aumento populacional e a criação da infraestrutura logística, como a Transamazônica, estados como o Amapá e Roraima ainda possuem grandes áreas protegidas. “O Amapá tem hoje 72% de áreas preservadas. E quem preservou isso foram os homens que foram para lá”, ressaltou.

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