Deputado Sebastião Rocha cobra do Itamaraty providências para soltura de brasileiros Brasília (Pedro de Paula) – Tendo como referencial informações de autoridades francesas, o Ministério das Relações Exteriores informou, ontem, 11, ao deputado federal Sebastião Bala Rocha (PDT-AP), que dos 15 brasileiros presos na véspera, acusados de contrabando de ouro, cinco foram postos em liberdade e já se encontram no Oiapoque. Empenhado em buscar respostas para mais este conflito na região de fronteira entre Brasil e Guiana Francesa, Bala Rocha acionou o Itamaraty no mesmo dia, para que providências fossem tomadas para a libertação dos brasileiros, que teriam sido presos pela polícia francesa em flagrante, e com eles apreendidos seiscentos gramas de ouro. Para justificar a violência praticada contra os brasileiros, as autoridades francesas informaram ao Itamaraty que, no momento em que policiais conduziam os supostos contrabandistas, perto do rio Oiapoque, um levante popular ocorreu e cerca de dez barcos atacaram os franceses. Em resposta, a polícia teria disparado tiros de advertência. Empenhado desde o início do atual mandato na pacificação da fronteira, Bala Rocha, na condição de vice-presidente da Comissão da Relações Exteriores do Senado informou a este Diário que está obtendo as informações oficiais, e exigindo providências imediatas junto às autoridades. “Estou muito preocupado com o agravamento dos conflitos, que podem acarretar perda de vidas”, assegurou o deputado. Acordo Brasil-França – Para Bala Rocha, um acordo assinado entre Brasil e França, que autoriza o confisco e a destruição de bens apreendidos, como riquezas naturais provenientes do garimpo, é a causa dos conflitos. A medida visa impedir a circulação de minérios, garimpeiros e a navegação no rio Oiapoque, até 150 quilômetros da fronteira, em ambos os países. No entanto, segundo o parlamentar, a medida pode funcionar de maneira equivocada, pois também prejudica o comércio legal. “A tentativa de acabar com as transações clandestinas, na verdade, está abolindo o comércio e o bom relacionamento entre as cidades fronteiriças. De acordo com estimativas locais, 70% da economia de Oiapoque gira em torno da extração mineral. Favorecida pela até então maciça presença brasileira na cidade de Saint George, na Guiana Francesa, a cidade está sucumbindo com a diminuição de turistas.
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