segunda-feira, 11 de abril de 2011

Dalva visita regiões alagadas no interior do Estado

No último final de semana, a deputada Dalva Figueiredo (PT) esteve nos municípios de Serra do Navio e Calçoene visitando áreas alagadas, decorrentes das fortes chuvas que caem em boa parte do Estado. A parlamentar defende imediata criação de sistemas de Defesa Civil nas cidades, bem como obras de infraestrutura e habitação para deslocamento de famílias. Em Serra do Navio, onde foi decretado estado de emergência, a prefeita Francimar Santos recorda que a última cheia havia ocorrido em 2002. “A subida das águas é um fenômeno natural na região, mas o que ocorre no momento é atípico. Já são 129 pessoas assistidas pela Prefeitura, além do reforço do corpo de bombeiros que chegou ao município”, explicou. As famílias localizadas nas comunidades do Cachaço e Terra Preta nas margens do Rio Amapari, em Serra do Navio resistem em deixar as casas. A Prefeitura montou sistema de monitoramento e vigilância no entorno, auxiliando os moradores em deslocamentos para áreas mais seguras, bem como garantindo a distribuição de água potável aos moradores.

Outra preocupação da prefeita Francimar é com o surgimento de doenças. “Muitos insetos e bichos peçonhentos surgem nessa época. As crianças querem tomar banho em áreas insalubres e precisamos orientar para o perigo do consumo de águas contaminadas. Temos ainda a ameaça da malária, dengue e febre tifóide”, disse. Dalva recordou o período em que governou o Estado, quando Serra do Navio viveu situação semelhante. “Lembro muito bem daquela época. Construímos casas e uma nova escola em Terra Preta, onde acabei de visitar e constatei que as águas também já ameaçam invadir”, comentou. Para a parlamentar o momento requer esforço concentrado nas ações emergências, mas destaca a necessidade de planejamento visando eventos futuros. “Devemos aproveitar a criação do Fundo Nacional da Defesa Civil para conseguir recursos que serão destinados à capacitação de pessoal e montagem de sistemas de monitoramento nos municípios. Não ocorre sempre, mas quando acontecer é preciso estar preparado”, disse. No município de Calçoene a situação também preocupa. A cidade é banhada pelo Rio Calçoene e possui apenas 200 metros de muro de arrimo. As famílias que moram às margens costumam deixar as casas nesse período e abrigam-se em moradias de familiares e amigos, mas depois retornam para o mesmo lugar.


A prefeita Maria Lucimar disse que tem dado assistência necessária, mas que é preciso encontrar uma solução definitiva, sob risco da cidade “desaparecer” devido o assoreamento na orla. Dalva disse que vai atuar no Congresso e articular junto ao Executivo a alocação de uma emenda de bancada para a construção do muro de arrimo em toda a extensão da orla em Calçoene. “O nosso maior pólo pesqueiro precisa de estrutura. Os barcos não conseguem ancorar em local adequado, danificam o asfalto e quando o Rio sobe invade a cidade. Considero essa obra uma ação prioritária para o município”, finalizou.

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