quarta-feira, 6 de abril de 2011

Embaixador russo convida presidente do Senado para visitar seu país

O embaixador da Rússia no Brasil, Sergey Akopov, disse hoje ao senador Sarney (PMDB-AP) que seria "muito importante" a visita do presidente do Senado Federal ao seu país: "efetivamos muitas mudanças e outras estão à caminho. A presença do presidente e delegação de parlamentares a Rússia seria uma honra para nós". Sergey registrou que as relações comerciais entre os dois países se complementam, mas que podem ser aprofundadas: "há espaço para incrementarmos essa complementaridade". Sarney mostrou-se receptivo ao convite, recordando de suas duas passagens pela Rússia. Em outubro de 1988, à época como presidente da República, Sarney foi o primeiro mandatário brasileiro a visitar a então URSS, sendo recebido por Gorbachev. Sergey Akopov, que naquela oportunidade residia no Brasil há cinco anos, lembrou que foi convocado a retornar ao seu país com a incumbência de preparar a recepção a delegação brasileira. Presidente e embaixador manifestaram pesar com a tragédia ocorrida no Japão e concordaram que o momento é adequado para intensificar a discussão sobre a segurança na utilização de energia nuclear.

A viagem de Sarney a URSS

Em dezembro de 1985, Olavo Setúbal é o primeiro chanceler brasileiro a visitar Moscou. Em 1987, após intensa troca de visitas de autoridades, o chanceler da URSS, Edouard Shevardnadse, viaja a Brasília. Na ocasião é emitido o primeiro comunicado conjunto brasileiro-soviético, após 26 anos de relações diplomáticas. Além de expressar o interesse na intensificação e ampliação das relações bilaterais, o comunicado inclui a criação do Programa de Longo Prazo de Cooperação Econômica, Comercial, Científica e Tecnológica e o Acordo de Cooperação Cultural. Esses instrumentos jurídicos serão o alicerce das relações bilaterais Brasil-Rússia nos anos 90. Em 1988, Sarney é o primeiro mandatário brasileiro a visitar a URSS e o primeiro a ser recebido por Gorbachev na sua condição de chefe de Estado, posição que assumira 20 dias antes. Com a determinação de Gorbachev de implantar uma profunda reforma na estrutura do regime soviético - Glasnost e Perestroika – o Brasil, como o resto do mundo, assiste ao esfacelamento do império soviético e à mudança profunda que isso acarretará na própria estrutura do poder internacional.

Secretaria de Imprensa da Presidência do Senado

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Acompanhe

Clique para ampliar