O presidente da OAB-RJ (Ordem dos Advogados do Brasil seccional do Rio de Janeiro), Wadih Damous, elogiou a iniciativa do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), de apresentar nesta terça-feira (12) aos líderes partidários uma proposta para a realização de um novo referendo sobre o desarmamento.
Damous ressaltou, no entanto, que o livre comércio de armas não deve ser pensado apenas sobre o ponto de vista da tragédia de Realengo (RJ), onde um homem matou a tiros 12 crianças na semana passada, mas nas estatísticas de violência do dia a dia.
"Diz respeito também a possibilidade de essas armas proporcionarem tragédias domésticas por conta de pessoas que têm armas guardadas em casa e que em um momento de descontrole usam até contra familiares", diz Damous.
O Ministério da Justiça vai antecipar o lançamento da campanha do desarmamento, realizada anualmente em novembro. O recolhimento de armas de fogos da população é realizado desde 2004, quando foram entregues 500 mil.
Segundo dados oficiais, existem quase 17 milhões de armas em circulação no país. Dessas, cerca de 8 milhões não estão registradas.
Referendo
Sarney vai sugerir a realização de um referendo para que a população possa decidir novamente sobre a proibição da venda de armas no país.
Na consulta feita em 2005, quase 64% dos eleitores se manifestaram contrariamente ao fim do comércio de revolveres, pistolas, entre outros. Pelo Estatuto do Desarmamento, apenas o porte está vetado e é punido com pena de dois a seis anos de prisão.
Com informações da Folha.com e da Rádio Senado
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