segunda-feira, 1 de março de 2010

Amapá estréia no Conselho da Suframa

53 projetos industriais que integravam a pauta da reunião não foram apreciados, devido a atraso na publicação de decreto que redesenhou a estrutura do Conselho de Administração da Suframa (CAS).

Brasília (Pedro de Paula) - A 243ª Reunião Ordinária do Conselho de Administração da Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus), realizada nessa sexta-feira, 26, deixou de apreciar 53 projetos que estavam na pauta. Em vez da reunião técnica, o clima foi de muita comemoração pelos 43 anos de criação do órgão e do modelo da Zona Franca, além da estreia de três novos órgãos na estrutura do Conselho (governo do Amapá, Prefeitura de Macapá e Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Os 53 projetos industriais que integravam a pauta da reunião não puderam ser apreciados, devido a um atraso na publicação do decreto presidencial que redesenhou a estrutura do Conselho de Administração da Suframa (CAS). Eles deverão ser aprovados na próxima reunião do Conselho, que deverá ocorrer no mês de março. Os projetos, sendo 19 de implantação e 34 de ampliação, atualização e diversificação, têm a previsão de gerar mais de US$ 800 milhões em investimentos e sete mil empregos diretos nos próximos três anos.

Prêmio Cunhatã - Durante a reunião aconteceu a cerimônia de entrega da sétima edição do Prêmio Cunhantã, cujo objetivo principal é estimular e reconhecer os esforços das empresas do Polo Industrial de Manaus (PIM) que mais se destacaram nos índices de faturamento, geração de empregos e volume de exportações em 2009. O prêmio também foi entregue a servidores e colaboradores da autarquia, na modalidade "Destaque Institucional", e concedido extraordinariamente ao secretário executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Ivan Ramalho, e ao consultor jurídico do MDIC, Francisco Moreira da Cruz Filho, pelos relevantes serviços prestados à SUFRAMA e ao modelo Zona Franca de Manaus. A superintendente da Zona Franca de Manaus, Flávia Grosso, lembrou que, desde a criação do modelo ZFM até os dias de hoje, a SUFRAMA tem enfrentado os mais diversos tipos de desafio e superados um a um, movida pela missão de contribuir para o desenvolvimento da região. "A comemoração desta data representa, acima de tudo, uma comemoração da sociedade amazônica", destacou a dirigente. "Comemoramos um passado de conquistas e muita superação ao mesmo tempo em que olhamos com expectativas positivas para o que ainda está por vir. Um polo industrial que gera mais de 100 mil empregos diretos, gera bem-estar social e espraia o desenvolvimento para outros Estados, inclusive com investimentos na formação de capital intelectual, não pode nunca deixar de existir", reforçou a superintendente. O governador Eduardo Braga classificou os 43 anos da SUFRAMA e do modelo ZFM como um "misto de vitórias, angústias, lágrimas e sorrisos". "A Zona Franca é muito importante para o Amazonas e para o Brasil, mas sofreu muitos percalços porque foi mal compreendida por governantes e alguns segmentos da sociedade por muito tempo. Fizemos várias modificações no projeto da Zona Franca de Manaus, algumas exitosas, outras nem tanto, mas a verdade é que o Polo Industrial de Manaus é o maior projeto ambiental já feito pelo Brasil. O que nos faz diferente dos outros Estados é exatamente a Zona Franca de Manaus, a razão econômica que faz com que o conceito da árvore em pé sobreviva", afirmou Eduardo Braga.

Voz e voto - Presente à reunião - e na composição da Mesa, a convite da superintendente Flávia Grosso, na companhia do governador Waldez Góes e do prefeito de Macapá, Roberto Góes - o deputado federal Sebastião Bala Rocha (PDT-AP) foi um dos principais articuladores, na Câmara, para a aprovação do projeto de lei complementar que incluiu o governador do Amapá e o prefeito de Macapá no Conselho de Administração da Suframa (Condel). A medida fez com que o estado ganhasse mais poder de negociação na hora da partilha de verbas. Dos R$ 100 milhões que a Suframa recebeu em forma de crédito especial no ano passado, o Amapá recebeu R$ 10 milhões. Até então, o Amapá era o único da região que não tinha representante no Conselho.

Diário do Amapá

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