O senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) repudiou nesta terça-feira (3) o anúncio feito no dia anterior, "de maneira precipitada", pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), colocando o estado de Roraima como o segundo em devastação florestal.Na opinião do senador, há uma "orquestração internacional" para taxar os brasileiros de devastadores. Mozarildo recomendou ao ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, que faça um curso intensivo sobre a Amazônia, uma vez que ele próprio reconheceu que não conhece a região e, mesmo assim, tem enorme responsabilidade sobre o seu futuro.
- São os brasileiros que estão fazendo graça para os estrangeiros. Estamos nos rotulando como devastadores. Como amazônida, eu não aceito essa pecha e, muito menos como roraimense, eu aceito que o meu estado seja o segundo em desmatamento - disse o senador.
Mozarildo lembrou de viagem aérea que fez com o ex-presidente Fernando Collor e seu ministro do Meio Ambiente, José Lutzemberger, sobre o Amazonas e Roraima. Ao se deparar com as extensas savanas logo após o final da floresta amazônica, o ministro, "todo apavorado", disse a Collor que a devastação havia acabado com as matas de Roraima. Mozarildo, que era deputado federal na época, explicou a Lutzemberger que aqueles eram campos naturais chamados "lavrados" e que ali nunca houve floresta. O ministro então disse que não era possível, pois estavam na Amazônia.
O senador disse que assim como Lutzemberger não conhecia a Amazônia, tendo confundido os lavrados com matas devastadas, o atual ministro também não a conhece.
Mozarildo acrescentou que o próprio relatório do Inpe ressalva que nos meses em que foram feitas as observações o céu estava encoberto por nuvens.
- Portanto o diagnóstico não é preciso sequer para região de floresta, que dirá para Roraima. Em 508 anos apenas 12% da área da Amazônia foram explorados - assinalou.
O senador Expedito Júnior (PR-RO) disse, em aparte, que outros países estão querendo "pegar o Brasil para bode expiatório" e "mandar na Amazônia". Na avaliação do senador, o anúncio do ministro Carlos Minc de que pretende confiscar gado na Amazônia é "mais uma loucura, mais uma frase de efeito". Para Expedito, os grandes responsáveis pelo desmatamento são o governo federal e os assentamentos do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), pois as madeireiras estariam trabalhando com licença ambiental e plano de manejo florestal.
O senador Gerson Camata (PMDB-ES) lembrou que, em 2002, no final do governo do presidente Fernando Henrique Cardoso, o então ministro do Meio Ambiente sobrevoou, "de porre", o Espírito Santo e destruiu dois municípios.
- Ele criou um parque florestal em terras que são cultivadas há 300 anos, quando lá chegaram os primeiros portugueses. Foi necessária uma mensagem do presidente Lula, aprovação pela Câmara dos Deputados e pelo Senado, para que corrigíssemos, seis anos depois, uma mancada homérica, histórica, de um ambientalista desorientado que passou voando de porre - ele não gosta que eu diga isso - por cima do Espírito Santo - afirmou.
O senador Geraldo Mesquita Júnior (PMDB-AC) salientou que os ministros Mangabeira Unger e Carlos Minc confessaram não conhecer a Amazônia, apesar de terem grande responsabilidade sobre os destinos da região. - No meu estado, o desenvolvimento sustentável significa que a grande maioria do povo sustenta o desenvolvimento de poucos. Um cidadão desses, que passou a maior parte da sua vida no exterior, tendo a cabeça feita pelos gringos, tenho minhas dúvidas sobre como vai decidir quando estiver numa encruzilhada. Não sei o que vai decidir. Deus nos proteja - disse.
- São os brasileiros que estão fazendo graça para os estrangeiros. Estamos nos rotulando como devastadores. Como amazônida, eu não aceito essa pecha e, muito menos como roraimense, eu aceito que o meu estado seja o segundo em desmatamento - disse o senador.
Mozarildo lembrou de viagem aérea que fez com o ex-presidente Fernando Collor e seu ministro do Meio Ambiente, José Lutzemberger, sobre o Amazonas e Roraima. Ao se deparar com as extensas savanas logo após o final da floresta amazônica, o ministro, "todo apavorado", disse a Collor que a devastação havia acabado com as matas de Roraima. Mozarildo, que era deputado federal na época, explicou a Lutzemberger que aqueles eram campos naturais chamados "lavrados" e que ali nunca houve floresta. O ministro então disse que não era possível, pois estavam na Amazônia.
O senador disse que assim como Lutzemberger não conhecia a Amazônia, tendo confundido os lavrados com matas devastadas, o atual ministro também não a conhece.
Mozarildo acrescentou que o próprio relatório do Inpe ressalva que nos meses em que foram feitas as observações o céu estava encoberto por nuvens.
- Portanto o diagnóstico não é preciso sequer para região de floresta, que dirá para Roraima. Em 508 anos apenas 12% da área da Amazônia foram explorados - assinalou.
O senador Expedito Júnior (PR-RO) disse, em aparte, que outros países estão querendo "pegar o Brasil para bode expiatório" e "mandar na Amazônia". Na avaliação do senador, o anúncio do ministro Carlos Minc de que pretende confiscar gado na Amazônia é "mais uma loucura, mais uma frase de efeito". Para Expedito, os grandes responsáveis pelo desmatamento são o governo federal e os assentamentos do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), pois as madeireiras estariam trabalhando com licença ambiental e plano de manejo florestal.
O senador Gerson Camata (PMDB-ES) lembrou que, em 2002, no final do governo do presidente Fernando Henrique Cardoso, o então ministro do Meio Ambiente sobrevoou, "de porre", o Espírito Santo e destruiu dois municípios.
- Ele criou um parque florestal em terras que são cultivadas há 300 anos, quando lá chegaram os primeiros portugueses. Foi necessária uma mensagem do presidente Lula, aprovação pela Câmara dos Deputados e pelo Senado, para que corrigíssemos, seis anos depois, uma mancada homérica, histórica, de um ambientalista desorientado que passou voando de porre - ele não gosta que eu diga isso - por cima do Espírito Santo - afirmou.
O senador Geraldo Mesquita Júnior (PMDB-AC) salientou que os ministros Mangabeira Unger e Carlos Minc confessaram não conhecer a Amazônia, apesar de terem grande responsabilidade sobre os destinos da região. - No meu estado, o desenvolvimento sustentável significa que a grande maioria do povo sustenta o desenvolvimento de poucos. Um cidadão desses, que passou a maior parte da sua vida no exterior, tendo a cabeça feita pelos gringos, tenho minhas dúvidas sobre como vai decidir quando estiver numa encruzilhada. Não sei o que vai decidir. Deus nos proteja - disse.
Ricardo Icassatti / Agência Senado
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