terça-feira, 24 de junho de 2008

Senado Federal



Geovani Borges festeja Mazagão, a cidade do Amapá "que veio da África"

Hoje, 23/06, na parte da manhã, o senador Geovani Borges (PMDB-AP) teve reunião de trabalho no gabinete do senador José Sarney (PMDB-AP), onde tratou dos interesses e dos projetos do Amapá. Na parte da tarde, comentou em Plenário artigo da professora Bárbara Freitag, da Universidade de Brasília, publicado sábado (21) no Correio Braziliense, em que ela conta a história de Mazagão, cidade do estado do Amapá que "veio da África", depois de ter passado por Portugal. O senador nasceu na Mazagão amapaense, de onde inclusive foi prefeito. Conforme o senador, a Mazagão africana, encravada onde hoje é o território do Marrocos (com o nome deEl Jadida), foi, entre 1514 e 1769, uma fortaleza de Portugal no norte da África e era considerada invencível. Foi erguida à beira-mar, com muralhas de 14 metros de altura e 11 metros de largura, permitindo o embarque e desembarque em navios por uma porta movediça.
Em 1561, a cidade resistiu ao ataque de 120 mil mouros, com a ajuda de 20 mil soldados portugueses. Duzentos anos depois, novamente sob ataque, recebeu ordem da Coroa portuguesa para abandonar o local e os 2 mil mazaganenses foram distribuídos em 14 navios, com todos seus bens. Levados a Portugal, seis meses depois foram transferidos para o Amapá, para defender o território contra "a ganância dos franceses fixados na Guiana". Geovani Borges disse que o projeto colonizador português entrou em crise poucos anos depois, com sua população vitimada, em 1781, por uma epidemia de cólera e de malária. Com o tempo, a nova fortaleza transformou-se em uma comunidade indígena e quilombo. Hoje, com 14 mil habitantes, é um município turístico e ecológico. Conforme o senador, o passado da cidade é revisto anualmente no dia de São Tomé, quando há uma cavalhada, "com mouros e cristãos guerreando". Ele pediu que o artigo da professora Bárbara Freitag fosse transcrito nos Anais do Senado.
Eli Teixeira / Agência Senado

Para ler o pronunciamento completo do senador, acesse:
http://www.senado.gov.br/sf/atividade/Plenario/sessao/disc/getTexto.asp?s=111.2.53.O&disc=23/1/S

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