José Sarney fala sobre bastidores cruciais da Nova República
Às 10h da manhã, do dia 25 de março de 1985, perante o Congresso Nacional, José Sarney é empossado como presidente da República e lê o discurso que havia sido preparado para Tancredo Neves, internado na véspera, no Hospital de Base de Brasília, com diverticulite. A leitura foi feita, segundo Sarney, "com olhos de ontem". Ele conta que, na realidade não dormiu, nenhum minuto, "até porque não podia dormir. Qualquer pessoa que, às 3hs da madrugada, é comunicado que vai ser presidente da República, sem ter feito seu ministério, sem ter programa, sem nunca ter pensado nisso, com essa obrigação e essa responsabilidade ..., evidentemente não era para não dormir uma noite, era para não dormir anos". Essas e outras estórias de momentos cruciais da Nova República e da transição democrática brasileira são contadas (confira no link abaixo) pelo senador José Sarney em programa da Rádio Senado. A produção especial "O Homem da cidade onde os sinos falam – os cem anos de Tancredo Neves foi ao ar nesta sexta-feira (5/03) às 18h. A reportagem é uma produção de Larissa Bortoni, Cezar Motta e Rodrigo Resende. Acompanhe a seguir também, a íntegra da entrevista concedida à Rádio para a produção do programa, na qual, além das valiosas estórias de bastidores, Sarney conta conta sobre seu relacionamento com Tancredo e fala de todo seu apreço e respeito pelo político conciliador, mas que não abdicava de princípios: "Você sabia o que ele pensava, sabia do seu ideário". Na opinião de Sarney, o homem que a história preparou para uma transição democrática sem traumas, é uma das figuras mais importantes da política brasileira contemporânea.
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