Com Sarney e Temer, PMDB ocupa o seu lugar conquistado nas urnas no ano passado
O ano legislativo começou, enfim. Ano difícil. A agenda é a crise mundial. Numa economia tornada dependente das oscilações internacionais, em decorrência das políticas neoliberalóides dos Anos 90, há um cenário muito perigoso. Ter um partido que assuma sua hegemonia no Congresso pode ajudar bastante. Lula tem que ter capacidade política e bom senso. Refletindo a inegável capacidade política e experiência de Sarney e Temer, o PMDB obteve uma dupla vitória no Congresso, assumindo o seu lugar de direito. Sarney foi eleito com 49 votos, contra os 32 do medíocre Tião Viana (AC). Nenhuma novidade. Temer venceu no primeiro turno, com 304 votos. A conversa agora é de gente grande. A verdade é que Lula estava furioso com a insistência descabida de Tião Medonho em colocar em risco a governabilidade. Se pudesse, mandava-o para a Faixa de Gaza.
TUCANOS DEVERIAM TER OUVIDO PAPALÉO PAES
Com uma postura firme e de compromisso verdadeiro com a ética e a preocupação com o Amapá, Papaléo Paes mostrou que sempre esteve certo. Soube se impor e não caiu na conversa espertalhona dso líderes de seu partido. Isto porque o grande perdedor dessa história toda foi o tucanato capitaneado por Arthur Virgílio. Este, filho de quem é - um lutador contra a Ditadura-, jamais deveria ter cogitado em apoiar Tião, que não suporta os demais senadores, não respeita a instituição e que pregou descaradamente limites aos discursos dos senadores em Plenário... e outras diabrites mais. Arthur é moço bão, mas, realmente, neste caso, pisou na bola. Também pegou muito mal falar que se preocupava com a tese do 3º mandato, mas atacando justamente o maior crítico do continuísmo pragmático de Hugo Chaves, José Sarney. Exceto Papaléo, nunca mais os tucanos vão ter moral para falar em "totalitarismo de Lula". Pegou mal, ainda, falar em "renovação", ao mesmo tempo em que se tentava chantagear Sarney para obter cargos. Sarney ouviu. Foi educado. Mas, simplesmente, disse não. Mostrou que o apoio dos tucanos não significava abrir mão de princípios. Mostrou que o poder não é tudo. Os tucanos ficaram com caras de bobos. Perdidinhos. Tiveram que colocar o rabinho entre as pernas e engolir o Tião Medonho. Tião que, aliás, não titubeou em assinar qualquer coisa. Mostrou que assinaria até o fuzilamento da própria mãe naquele contexto. Agindo assim, demonstrou que, pelo poder, para ele, vale tudo. E ainda teve a cara-de-pau em falar de "renovação" no discurso antes da votação. Pode?
RESGATE
A boa novidade, depois de conhecidos os resultados, é que voltam à tona, no cenário político do Senado, dois personagens de cacife que foram bastante maltratados pela imprensa: Renan Calheiros, - que comandou a campanha de Sarney e será líder na do partido na Casa - e Fernando Collor (AL) - ex-presidente que apóia Lula e votou em Sarney, agora nome forte para a Comissão de Relações Exteriores. É a grande oportunidade de Collor se destacar. Até agora, sua atuação na Casa tem sido por demais apagada. Teria que aparecer mais. Tem que perder a timidez. Nem tanto ao Inferno, nem tanto ao Céu. Não é bom nem o comportamento arrogante e caricato da época da Presidência, mas também não pode ficar insosso, como está. Aliás, quando é que os institutos de pesquisa vão deixar de canalhice e colocar o nome de Collor nas avaliações da população para 2010. Do que têm medo?
LITERATURA DE QUALIDADE
Francisco Soares da Silva, poeta, escritor e especialista em Educação, foi merecidamente reconhecido, pela sua importante dedicação à literatura amapaense, com o título de “Cidadão de Macapá”, pela Câmara de Vereadores da cidade. A homenagem foi conferida através de Projeto de Clésio Luis, (Decreto Legislativo nº 015/08-CMM). Francisco tem 7 livros publicados e mais de 10 mil exemplares vendidos. Para quem não é do Amapá e quer conhecer a obra do homenageado, o telefone é (96) 8116-1771. Vale a pena. Confiram.
“PEDEVISTAS” FURIOSOS COM LUIZ DULCI
As vítimas do “Plano de Demissão Voluntária" de FHCatástrofe estão otimistas com a eleição de Sarney para a Presidência do Senado. Estão contando com a ajuda do bigode. Isto porque, no dia 12 de novembro do ano passado, foi criada na Câmara uma frente parlamentar que vai estudar formas de viabilizar o retorno das 25 mil pessoas que caíram na arapuca tucana, com o apoio de 182 deputados e 13 senadores. O líder e relator é o competente deputado Sebastião Rocha, do Amapá. Depois de rodar por Brasília atrás de ajuda, os líderes do movimento procuraram o senador Sarney ainda no final do ano passado. Disseram que tiveram a oportunidade de falar com Lula pessoalmente e que o presidente se mostrou muito sensível à causa, mas que a burocracia em Brasília estaria dificultando as coisas: “Falamos com o presidente. Ele nos ouviu rapidamente e disse que procurássemos ´o Luis Dulci`, o Ministro-Chefe da Secretaria Geral da Presidência da República. Mas o problema é que não conseguimos ser recebidos por ele até agora. Por isso estamos aqui para falar com Sarney, que sempre nos ouviu”, explicou Rejane, uma das líderes. Sarney imediatamente mandou uma carta ao ministro. De lá para cá, teve que mandar uma segunda carta. Até agora, nada. Talvez o senhor Dulci estivesse do lado de Tião Viana e resolvesse prejudicar os “pedevistas” apenas para não atender um pedido de Sarney. Será? Não acredito. Mas, a verdade é que, agora, com Sarney ainda mais fortalecido, espera-se que o senhor ministro Dulci tenha a hombridade de, pelo menos, responder as cartas do Presidente do Senado. "Não" também é resposta. O que não pode é brincar com os destinos de tantas famílias. No Amapá tem muita gente nessa situação. Vamos deixar de molecagem, senhor ministro...
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