quarta-feira, 29 de abril de 2009

Presidência do Senado Federal


Sarney apóia mais uma vez justiça para com os afro-descendentes

O deputado Vicentinho (PT-SP) e o representante da Coordenação Nacional de Entidades Negras, Marcos Cardoso, foram recebidos nesta quarta-feira (29) pelo presidente do Senado, José Sarney, a quem pediram apoio para os projetos que estabelecem cotas raciais nas universidades públicas (
PLC 180/08) e o que cria o Estatuto da Igualdade Racial (PLC 6264/05). À saída do encontro, Vicentinho disse que conversaram também sobre a exclusão que o Brasil faz contra as pessoas que não conseguem exercer o direito de voto.
- O presidente Sarney se mostrou muito sensível a essa causa. O que pretendemos é que o Legislativo mostre ao Brasil coisas boas, como a inclusão de todos; que o Congresso mostre que há gente aqui querendo que as pessoas se sentem à mesma mesa, independentemente da religião, origem e raça; que comam o mesmo pão, participem da mesma vida, definam os destinos do país de maneira fraterna e igualitária - disse o deputado Vicentinho.
O parlamentar e Marcos Cardoso assinalaram que os movimentos em defesa da inclusão sabem que Sarney não tem poderes para fazer a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) do Senado aprovar logo o projeto das cotas. Observaram, no entanto, que Sarney tem poder para levar aos integrantes da comissão uma mensagem sobre a importância dessa iniciativa. De acordo com eles, Sarney disse que apoia as duas propostas.

Sarney, que criou a Fundação Palmares, já havia proposto cotas em 1999

O presidente do Senado, José Sarney, também foi autor de um projeto com objetivo de instituir cotas de ação afirmativa para a população negra do país. O projeto de Sarney, apresentado em 1999, previa cotas raciais no acesso a cargos e empregos públicos, à educação superior e ao financiamento estudantil. Aprovado pelo Senado em 2002, o texto (PLS 650/99) apresentado por Sarney foi enviado à Câmara dos Deputados, que acabou por arquivá-lo. Ao justificar a apresentação do projeto, o senador apontava para a rara presença de pessoas negras nas universidades brasileiras e em postos de maior status na sociedade. "Iniquidade flagrante que desmente o mito da democracia racial no país", disse na ocasião.

Teresa Cardoso / Agência Senado


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