quarta-feira, 15 de abril de 2009

Ruy Guarany Neves*

Internet via rede elétrica

Chamou-me a atenção uma publicação na imprensa, dando conta de que experiência de acesso à Internet vem sendo processada com sucesso no Rio Grande do Sul. A partir de um cabo ótico, condutor do sinal, é feita a interligação à rede elétrica de uma cidade de 120 mil habitantes. O uso do modem plugado a um aparelho ligado à rede possibilitou o acesso à Internet a um único computador. Após ler a matéria, cheguei à conclusão de que essa experiência vem utilizando o sistema Carrier que, mesmo antes dos satélites artificiais, que possibilitaram a expansão das nossas telecomunicações, já vinha sendo usado no Estado de Minas Gerais, para levar a telefonia, através da rede elétrica, a alguns municípios não servidos pelo sistema em visibilidade. O Carrier foi instalado no Amapá para as comunicações telefônicas da Eletronorte com a usina hidroelétrica do Paredão, através de cabos de alta tensão. Muito embora considerado obsoleto, comparado aos avanços registrados nas telecomunicações, o sistema ora em experiência deve ter recebido melhoramentos e poderá surgir como opção capaz de expandir a Internet banda larga aos locais servidos por rede elétrica confiável e economicamente inviável à utilização do cabo ótico.No início da Embratel foi feita uma experiência com o sinal de televisão, mas apresentou varredura lenta. No caso da Internet via rede elétrica, ora em experiência, técnicos garantem que a velocidade do cabo ótico é mantida.Se de fato for comprovada a eficiência do sistema, a banda larga confiável poderá chegar ao Amapá, mais cedo do que se espera, com a utilização do linhão de Tucuruí que, segundo informações, já estaria na fase inicial de execução.

*Ruy Guarany Neves é jornalista

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