O senador José Sarney (PMDB-MA) apresentou em Plenário, nesta segunda-feira (27) voto de pesar pela morte do jornalista e publisher Roberto Civita, ocorrida na noite de domingo, em São Paulo. Ao justificar seu requerimento, Sarney destacou o papel desempenhado por Roberto Civita na modernização da imprensa brasileira através da criação das revistas Realidade e Veja.
— Ele não só fazia jornalismo como amava a arte do jornalismo, noticiando, afirmando idéias e sendo transigente em suas convicções. Ele sabia o preço da liberdade. Ele era um devoto da iniciativa privada e também um grande defensor da revolução pela educação — disse.
Na área da educação, Sarney mencionou as importantes contribuições de Roberto Civita, com a realização de investimentos nas editoras Ática e Scipione, bem como em vários sistemas de ensino como o Colégio Anglo e o Grupo Escolas Técnicas do Brasil (ETB).
— Roberto Civita tinha uma verdadeira dedicação e crença na revolução pelo ensino — lembrou.
Agência Senado
Senado Federal
Secretaria-Geral da Mesa
Secretaria de Taquigrafia
O SR. JOSÉ SARNEY (Bloco/PMDB – AP. Para encaminhar. Sem revisão do orador.) – Sr. Presidente, a Nação hoje recebeu, com profundo pesar, a notícia do falecimento do jornalista Roberto Civita. E eu fiz este requerimento, que se encontra sobre a mesa e que será votado pelo Plenário da Casa, no sentido de nos associarmos a esse pesar, porque Roberto Civita foi um pioneiro e um inovador da mídia brasileira. Era um grande publishere também um grande jornalista. Participava da pauta das redações – o âmago das matérias. Dedicava-se à feitura das revistas que ele dirigia e era um jornalista que tinha a alma do repórter e do editorialista.
Ele não só fazia jornalismo como amava a arte do jornalismo, noticiando, afirmando idéias; intransigente em suas convicções. Ele sabia o preço da liberdade. Ele era um devoto da iniciativa privada e também um grande defensor da revolução pela educação. Assim, era um líder de uma dimensão singular.
Perde a imprensa brasileira e perde o País.Eu fui seu amigo desde os seus tempos de juventude. Acompanhei a sua trajetória de sucesso desde a inovadora revista Realidade, e ele era uma das molas mestras da revista. Foi um idealizador da revista que, naquele tempo, era de grande modernidade e revolucionou a imprensa brasileira. Eu mesmo fui colaborador da revista Realidade, publicando alguns contos durante o tempo em que ela existiu.
Assisti à idealização da Veja por parte de Roberto Civita e Victor Civita. Eles organizaram antes, para que pudessem fazer a revista, a equipe de jornalistas que iriam ser formados para fazer uma revista dinâmica e moderna. Organizaram seminários. Eu era Governador do Maranhão e fui convidado para fazer uma palestra nessa conferência dos jornalistas que iriam fazer essa futura revista, o número zero. Essa conferência – eu me recordo até hoje – tinha por tema como governar um Estado pobre.
Depois da Veja, ele foi o consolidador do Grupo Abril.
Quero também fazer um depoimento aqui sobre um aspecto do Roberto Civita que poucos sabem, do qual fui participante também. Eu era Presidente da República e foi ele que me levou a ideia para abrirmos, no Brasil, a grande janela da televisão a cabo, da televisão por satélite, uma visão do que seria a televisão do futuro, das novas mídias e da Internet, que, naquele tempo, era apenas um sonho, mas ele já tinha um domínio grande sobre esses assuntos. Foi nesse tempo que criamos a TV a cabo. Ele participou ativamente dessa criação, levando ideias e, ao mesmo tempo, participando, junto aos órgãos governamentais, da elaboração desse projeto.
Entre outros setores, ele também foi pioneiro no mercado editorial, com investimentos na televisão e na Internet. Criou a MTV, a TVA, o Brasil Online.
Além disso, ele tinha um grande compromisso com o futuro do Brasil, investindo nas Editoras Ática e Scipione e também em vários sistemas de ensino.
Tinha uma verdadeira dedicação e crença na revolução pelo ensino. E, dentro desse aspecto, criou o Anglo, o Ser, o Maxi, o Colégio pH, o Grupo de Escolas Técnicas do Brasil (ETB), a rede de escolas de inglês Red Balloon , além de uma revista para professores que é disseminada no Brasil inteiro e que é uma grande contribuição à educação no País.
Quero terminar estas palavras, Sr. Presidente, dizendo que testemunhei o orgulho de seu pai Victor Civita, que foi um grande amigo meu, e também da sua mãe, Silvana, porque eu tinha uma estreita relação com eles naquele tempo. Testemunhei o orgulho que eles tinham do talento e da capacidade do filho Roberto Civita e da certeza da continuidade da consolidação do Grupo Abril.
Portanto, é com imensa comoção que me associo a sua família e à dor da sua esposa e dos seus filhos pela perda que o Brasil tem neste momento.
Muito obrigado.
Ele não só fazia jornalismo como amava a arte do jornalismo, noticiando, afirmando idéias; intransigente em suas convicções. Ele sabia o preço da liberdade. Ele era um devoto da iniciativa privada e também um grande defensor da revolução pela educação. Assim, era um líder de uma dimensão singular.
Perde a imprensa brasileira e perde o País.Eu fui seu amigo desde os seus tempos de juventude. Acompanhei a sua trajetória de sucesso desde a inovadora revista Realidade, e ele era uma das molas mestras da revista. Foi um idealizador da revista que, naquele tempo, era de grande modernidade e revolucionou a imprensa brasileira. Eu mesmo fui colaborador da revista Realidade, publicando alguns contos durante o tempo em que ela existiu.
Assisti à idealização da Veja por parte de Roberto Civita e Victor Civita. Eles organizaram antes, para que pudessem fazer a revista, a equipe de jornalistas que iriam ser formados para fazer uma revista dinâmica e moderna. Organizaram seminários. Eu era Governador do Maranhão e fui convidado para fazer uma palestra nessa conferência dos jornalistas que iriam fazer essa futura revista, o número zero. Essa conferência – eu me recordo até hoje – tinha por tema como governar um Estado pobre.
Depois da Veja, ele foi o consolidador do Grupo Abril.
Quero também fazer um depoimento aqui sobre um aspecto do Roberto Civita que poucos sabem, do qual fui participante também. Eu era Presidente da República e foi ele que me levou a ideia para abrirmos, no Brasil, a grande janela da televisão a cabo, da televisão por satélite, uma visão do que seria a televisão do futuro, das novas mídias e da Internet, que, naquele tempo, era apenas um sonho, mas ele já tinha um domínio grande sobre esses assuntos. Foi nesse tempo que criamos a TV a cabo. Ele participou ativamente dessa criação, levando ideias e, ao mesmo tempo, participando, junto aos órgãos governamentais, da elaboração desse projeto.
Entre outros setores, ele também foi pioneiro no mercado editorial, com investimentos na televisão e na Internet. Criou a MTV, a TVA, o Brasil Online.
Além disso, ele tinha um grande compromisso com o futuro do Brasil, investindo nas Editoras Ática e Scipione e também em vários sistemas de ensino.
Tinha uma verdadeira dedicação e crença na revolução pelo ensino. E, dentro desse aspecto, criou o Anglo, o Ser, o Maxi, o Colégio pH, o Grupo de Escolas Técnicas do Brasil (ETB), a rede de escolas de inglês Red Balloon , além de uma revista para professores que é disseminada no Brasil inteiro e que é uma grande contribuição à educação no País.
Quero terminar estas palavras, Sr. Presidente, dizendo que testemunhei o orgulho de seu pai Victor Civita, que foi um grande amigo meu, e também da sua mãe, Silvana, porque eu tinha uma estreita relação com eles naquele tempo. Testemunhei o orgulho que eles tinham do talento e da capacidade do filho Roberto Civita e da certeza da continuidade da consolidação do Grupo Abril.
Portanto, é com imensa comoção que me associo a sua família e à dor da sua esposa e dos seus filhos pela perda que o Brasil tem neste momento.
Muito obrigado.
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