Tão vulnerável quanto com FH
O economista José Luiz Oureiro, da Universidade Federal do Paraná (UFPR), discorda do ministro Guido Mantega, da Fazenda, para quem o Brasil está em situação muito mais favorável para enfrentar crises externas do que na década de 70, por acumular cerca de US$ 200 bilhões em reservas internacionais.
"Dividindo o montante de reservas pelo total da moeda circulante e dos títulos públicos (M2) o índice é apenas um pouco melhor do que em 1997: subiu de 0,25% para apenas 0,35%. Ou seja, ainda muito distante de 1", comentou.
Para Oureiro, o país ainda está sujeito a uma crise no balanço de pagamentos motivada por fuga de capitais: "O M2 agrega ativos muito líquidos, conversíveis em dólar. Se houver fuga, o dólar dispara e o BC terá de subir juros, como sempre."
Já Adriano Benayon, da Universidade de Brasília (UnB), adverte sobre o risco de uma nova onda especulativa, dessa vez com o dólar: "Essas turbulências sucessivas indicam colapso, não apenas uma crise. De um mês para cá, o dólar se recuperou contra o euro, atingindo US$ 1,40 por um euro, quando estava US$ 1,70. O ouro e o petróleo também tiveram fortes quedas, este último caindo abaixo de US$ 100 o barril. Tudo indica ser uma jogada especulativa."
Benayon salientou que a especulação interessa também a países com grandes reservas em dólar, como China: "Por algum tempo, ainda continuarão aceitando a chantagem do dólar. A situação se parece com a do tempo de Delfim Neto na Fazenda. Ele dizia que quem precisa se preocupar com dívida grande é o credor, mas depois vimos o que ocorreu no Brasil", disse, criticando o governo dos EUA por permitir a manutenção de um nível de renda emitindo dólares indiscriminadamente."
"Dividindo o montante de reservas pelo total da moeda circulante e dos títulos públicos (M2) o índice é apenas um pouco melhor do que em 1997: subiu de 0,25% para apenas 0,35%. Ou seja, ainda muito distante de 1", comentou.
Para Oureiro, o país ainda está sujeito a uma crise no balanço de pagamentos motivada por fuga de capitais: "O M2 agrega ativos muito líquidos, conversíveis em dólar. Se houver fuga, o dólar dispara e o BC terá de subir juros, como sempre."
Já Adriano Benayon, da Universidade de Brasília (UnB), adverte sobre o risco de uma nova onda especulativa, dessa vez com o dólar: "Essas turbulências sucessivas indicam colapso, não apenas uma crise. De um mês para cá, o dólar se recuperou contra o euro, atingindo US$ 1,40 por um euro, quando estava US$ 1,70. O ouro e o petróleo também tiveram fortes quedas, este último caindo abaixo de US$ 100 o barril. Tudo indica ser uma jogada especulativa."
Benayon salientou que a especulação interessa também a países com grandes reservas em dólar, como China: "Por algum tempo, ainda continuarão aceitando a chantagem do dólar. A situação se parece com a do tempo de Delfim Neto na Fazenda. Ele dizia que quem precisa se preocupar com dívida grande é o credor, mas depois vimos o que ocorreu no Brasil", disse, criticando o governo dos EUA por permitir a manutenção de um nível de renda emitindo dólares indiscriminadamente."
Nenhum comentário:
Postar um comentário