Sarney: Brasil tem boas condições de enfrentar a crise financeira dos EUA
Ao manifestar sua perplexidade com os desdobramentos da crise financeira norte-americana - em razão de sua extensão, duração prolongada, e da magnitude dos déficits envolvidos -, o senador José Sarney (PMDB-AP) apontou em Plenário, nesta terça-feira (23), uma série de características conjunturais da economia brasileira que, em sua opinião, deixam o país protegido de possíveis abalos da economia mundial.
O parlamentar relacionou as principais ações de socorro ao sistema financeiro realizadas pelo Banco Central americano e se disse surpreso com a falta de fiscalização por parte das entidades financeiras dos EUA.
Sarney considerou indevida qualquer comparação entre a conjuntura econômica brasileira atual e as condições vigentes no país durante a crise asiática de 1997, ou até mesmo à época do crash da Bolsa de Nova York, em 1929.
- Hoje, somos credores externos líquidos, uma situação bem diferente da do passado, em que parte da dívida interna era atrelada ao dólar. O fato é que a crise, desta vez, deve afetar mais os outros do que o nosso país. Se terminarmos sentindo algum efeito aqui, será mais limitado, causado pela saída de investimentos estrangeiros para cobrir os rombos de caixa lá fora - disse.
Entre as fragilidades da economia brasileira em 1929, ausentes no momento atual, na opinião de Sarney, estava a forte dependência do país em relação a uma única commodity (produto em estado bruto ou primário vendido no mercado internacional) para obter suas reservas de moeda forte - no caso, o café - bem como a existência de um único grande comprador para este produto - à época, os EUA, epicentro da crise.
Já em relação à crise asiática de 1997, o parlamentar recordou que a situação de câmbio supervalorizado combinada com um déficit comercial expressivo inexiste hoje no Brasil.
Outros dados sobre o desempenho da economia brasileira que colocam o país numa posição confortável frente à crise financeira americana, segundo José Sarney, seriam o crescimento da classe média no país e a diminuição da pobreza absoluta; a criação de mais de dois milhões de empregos nos últimos doze meses; a obtenção do investment grade por agências de classificação de risco (garantia de que o país é um local seguro para investir) e o importante crescimento da produção industrial e agrícola verificado nos últimos anos.
Sarney creditou ainda ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva contribuição fundamental para o fortalecimento da economia nacional.
- Mas o país está, hoje, graças ao governo do presidente Lula, menos vulnerável a qualquer dano. O Brasil tem solidez nos seus números e, mais importante, tem estabilidade política e uma liderança forte que nos dão segurança e certeza de que podemos dormir com tranqüilidade - afirmou, comemorando o bom momento da economia brasileira.
Em aparte, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) manifestou seu apoio ao pronunciamento de Sarney.
leia na íntegra do pronunciamento do ex-presidente...
Confira os vídeos do discurso:
Vídeo I
Vídeo II
Ao manifestar sua perplexidade com os desdobramentos da crise financeira norte-americana - em razão de sua extensão, duração prolongada, e da magnitude dos déficits envolvidos -, o senador José Sarney (PMDB-AP) apontou em Plenário, nesta terça-feira (23), uma série de características conjunturais da economia brasileira que, em sua opinião, deixam o país protegido de possíveis abalos da economia mundial.
O parlamentar relacionou as principais ações de socorro ao sistema financeiro realizadas pelo Banco Central americano e se disse surpreso com a falta de fiscalização por parte das entidades financeiras dos EUA.
Sarney considerou indevida qualquer comparação entre a conjuntura econômica brasileira atual e as condições vigentes no país durante a crise asiática de 1997, ou até mesmo à época do crash da Bolsa de Nova York, em 1929.
- Hoje, somos credores externos líquidos, uma situação bem diferente da do passado, em que parte da dívida interna era atrelada ao dólar. O fato é que a crise, desta vez, deve afetar mais os outros do que o nosso país. Se terminarmos sentindo algum efeito aqui, será mais limitado, causado pela saída de investimentos estrangeiros para cobrir os rombos de caixa lá fora - disse.
Entre as fragilidades da economia brasileira em 1929, ausentes no momento atual, na opinião de Sarney, estava a forte dependência do país em relação a uma única commodity (produto em estado bruto ou primário vendido no mercado internacional) para obter suas reservas de moeda forte - no caso, o café - bem como a existência de um único grande comprador para este produto - à época, os EUA, epicentro da crise.
Já em relação à crise asiática de 1997, o parlamentar recordou que a situação de câmbio supervalorizado combinada com um déficit comercial expressivo inexiste hoje no Brasil.
Outros dados sobre o desempenho da economia brasileira que colocam o país numa posição confortável frente à crise financeira americana, segundo José Sarney, seriam o crescimento da classe média no país e a diminuição da pobreza absoluta; a criação de mais de dois milhões de empregos nos últimos doze meses; a obtenção do investment grade por agências de classificação de risco (garantia de que o país é um local seguro para investir) e o importante crescimento da produção industrial e agrícola verificado nos últimos anos.
Sarney creditou ainda ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva contribuição fundamental para o fortalecimento da economia nacional.
- Mas o país está, hoje, graças ao governo do presidente Lula, menos vulnerável a qualquer dano. O Brasil tem solidez nos seus números e, mais importante, tem estabilidade política e uma liderança forte que nos dão segurança e certeza de que podemos dormir com tranqüilidade - afirmou, comemorando o bom momento da economia brasileira.
Em aparte, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) manifestou seu apoio ao pronunciamento de Sarney.
leia na íntegra do pronunciamento do ex-presidente...
Confira os vídeos do discurso:
Vídeo I
Vídeo II
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