Papaléo diz que educação básica de baixa qualidade é gargalo para o desenvolvimento
O senador Papaléo Paes (PSDB-AP) lamentou que a má qualidade da educação básica seja hoje fator de estrangulamento do desenvolvimento brasileiro. Em pronunciamento nesta segunda-feira (8), citou estudos realizados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) que apontam a falta de capacitação do trabalhador para lidar com processos tecnológicos complexos como um dos principais fatores limitativos da capacidade de produção. Além de melhoras na educação básica, Papaléo pediu mais investimentos em escolas técnicas. De acordo com o parlamentar, a baixa qualidade da educação básica é um problema não só para o recrutamento de trabalhadores como também para sua capacitação dentro da empresa. A falta de capacitação de trabalhadores deixa muitas empresas nacionais sem competitividade no exterior, afirmou Papaléo Paes, citando como exemplo os setores sucroalcooleiro, de vestuário, de equipamentos de transporte e de veículos automotores, entre outros. Papaléo Paes disse que muitas empresas se vêem obrigadas a investir em qualificação de mão-de-obra. Citou o caso de empresários brasileiros que criaram curso técnico de nível médio para o setor alcooleiro, com aulas práticas nas próprias usinas. De acordo com o senador, todos os alunos da primeira turma já têm emprego garantido. O parlamentar citou ainda pesquisa da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) que relaciona as mais promissoras profissões do setor. São elas: engenheiro de petróleo; engenheiro ambiental; técnicos em produção, conservação e de qualidades em alimentos; ajudantes de obras civis, analista de sistemas computacionais; trabalhadores da fabricação de cerâmica estrutural para construção; técnicos de produção de indústrias químicas, petroquímicas, refino de petróleo, gás e afins; técnicos em fabricação de produtos plásticos e de borracha; técnicos florestais; e técnicos em manipulação farmacêutica. A pesquisa foi feita com 416 empresas industriais brasileiras que, juntas, empregam quase 500 mil trabalhadores. O senador afirmou que somente com a criação de novos cursos técnicos o país vai conseguir derrubar o elevado nível de desemprego entre jovens, ao mesmo tempo em que há postos de trabalho não ocupados em conseqüência da baixa qualificação. Ele informou que dois projetos de sua autoria - autorizando a criação da Escola Técnica Federal de Macapá (PLS 484/03) e da Escola Técnica Federal de Construção Naval em Santana, no Amapá (PLS 341/07) - foram aprovados em decisão terminativa na Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) e aguardam votação na Câmara dos Deputados. Papaléo Paes elogiou o jornalista Gilberto Dimenstein por sua dedicação à causa da educação. Em aparte, o senador Marco Maciel (DEM-PE) lamentou que algumas empresas não consigam se instalar em algumas regiões do Brasil devido à falta de mão-de-obra qualificada.
José Paulo Tupynambá / Agência Senado
Leia o pronunciamento na íntegra...
Veja os vídeos do pronunciamento:
Vídeo I
Vídeo II
O senador Papaléo Paes (PSDB-AP) lamentou que a má qualidade da educação básica seja hoje fator de estrangulamento do desenvolvimento brasileiro. Em pronunciamento nesta segunda-feira (8), citou estudos realizados pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) que apontam a falta de capacitação do trabalhador para lidar com processos tecnológicos complexos como um dos principais fatores limitativos da capacidade de produção. Além de melhoras na educação básica, Papaléo pediu mais investimentos em escolas técnicas. De acordo com o parlamentar, a baixa qualidade da educação básica é um problema não só para o recrutamento de trabalhadores como também para sua capacitação dentro da empresa. A falta de capacitação de trabalhadores deixa muitas empresas nacionais sem competitividade no exterior, afirmou Papaléo Paes, citando como exemplo os setores sucroalcooleiro, de vestuário, de equipamentos de transporte e de veículos automotores, entre outros. Papaléo Paes disse que muitas empresas se vêem obrigadas a investir em qualificação de mão-de-obra. Citou o caso de empresários brasileiros que criaram curso técnico de nível médio para o setor alcooleiro, com aulas práticas nas próprias usinas. De acordo com o senador, todos os alunos da primeira turma já têm emprego garantido. O parlamentar citou ainda pesquisa da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) que relaciona as mais promissoras profissões do setor. São elas: engenheiro de petróleo; engenheiro ambiental; técnicos em produção, conservação e de qualidades em alimentos; ajudantes de obras civis, analista de sistemas computacionais; trabalhadores da fabricação de cerâmica estrutural para construção; técnicos de produção de indústrias químicas, petroquímicas, refino de petróleo, gás e afins; técnicos em fabricação de produtos plásticos e de borracha; técnicos florestais; e técnicos em manipulação farmacêutica. A pesquisa foi feita com 416 empresas industriais brasileiras que, juntas, empregam quase 500 mil trabalhadores. O senador afirmou que somente com a criação de novos cursos técnicos o país vai conseguir derrubar o elevado nível de desemprego entre jovens, ao mesmo tempo em que há postos de trabalho não ocupados em conseqüência da baixa qualificação. Ele informou que dois projetos de sua autoria - autorizando a criação da Escola Técnica Federal de Macapá (PLS 484/03) e da Escola Técnica Federal de Construção Naval em Santana, no Amapá (PLS 341/07) - foram aprovados em decisão terminativa na Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) e aguardam votação na Câmara dos Deputados. Papaléo Paes elogiou o jornalista Gilberto Dimenstein por sua dedicação à causa da educação. Em aparte, o senador Marco Maciel (DEM-PE) lamentou que algumas empresas não consigam se instalar em algumas regiões do Brasil devido à falta de mão-de-obra qualificada.
José Paulo Tupynambá / Agência Senado
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