A informação é do senador Gilvam Borges, que garantiu que o presidente do banco irá ao estado em junho para anunciar a boa nova
Na quarta-feira, 06, o senador Gilvam Borges abriu espaço na sua atribulada agenda congressual e embarcou ao Rio de Janeiro. A viagem teve um único e importantíssimo objetivo: comparecer à audiência com o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho. Desde fevereiro deste ano, uma reunião da bancada do Amapá e do governador do Estado, Waldez Góes, no gabinete do senador Gilvam em Brasília, pôs em marcha a estratégia para dotar o Amapá de ampla infraestrutura. A boa nova é que o presidente do banco garantiu a Gilvam que virá ao Amapá na segunda quinzena de junho para anunciar a liberação de recursos da ordem de R$ 600 milhões para alavancar o desenvolvimento do Estado. Tão logo desembarcou em Brasília, de volta do Rio, o senador conversou conosco ao telefone.- A vinda do presidente Luciano Coutinho ao Amapá significa que o BNDES vai liberar o dinheiro para obras no Estado?- Sim, e esta é a melhor notícia que poderia dar aos amapaenses. As negociações entre o governo do estado e o BNDES não começaram ontem. Como eu sempre digo, é sempre um processo que exige idas e vindas. Mas se intensificaram a partir de fevereiro deste ano. Como coordenador da bancada federal, procurei fazer o meio de campo. Nessa quarta-feira, porém, marcamos um gol de placa, quando fui pessoalmente ao Rio de Janeiro para audiência com o presidente do banco, Luciano Coutinho, que me garantiu que virá ao Amapá na segunda quinzena de junho, para anunciar a liberação dos recursos.- Qual é o valor do empréstimo solicitado ao BNDES?- O governo do Estado vem tratando dos projetos e das obras prioritárias que poderão se somar a uma planilha detalhada de projetos, para fazer face aos desafios do desenvolvimento do Amapá, que somam R$ 600 milhões.- Que projetos são esses?- O dinheiro vai bancar o asfaltamento de partes de rodovias estaduais que ligam a capital ao interior, como as AP-10, AP-40 e AP-70. Os recursos também vão custear obras que ligam cidades a rodovias maiores, beneficiando diretamente Itaubal, Paracuúba, Calçoene e Amapá. A ligação entre Vitória do Jari e Laranjal do Jari também faz parte do projeto, assim como a inclusão da ponte sobre o Rio Matapi. Depois que o governo federal anunciou o repasse de terras ao Estado do Amapá, está na hora de preparar o Estado para o progresso.- E por que a pavimentação de estradas é tão importante para o crescimento do Estado?- É fácil de entender. A vocação do Amapá está situada num leque que compreende o turismo, a agroindústria e a indústria de transformação. Mas a realização desse potencial vem sendo dificultada por carências em matéria de vias de transportes (estradas e pontes) e pela deficiência energética. A questão da energia, graças a Deus, será em parte solucionada com a segunda etapa do projeto Luz para Todos, anunciada pelo ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, que foi recebido com festa no Amapá no mês passado. Do ponto de vista geoestratégico, nosso Estado pode ser considerado o “portal da Amazônia”, por onde os navios passam para chegar aos estados do Pará, Rondônia, Acre e Roraima.- Sim, mas o Luz para Todos leva energia aos domicílios. Isso basta para a demanda energética do Amapá?- Mas o “linhão” da Usina de Tucuruí está chegando pelo sul do Estado. Isto, mais a pavimentação das estradas e o investimento maciço em infraestrutura, nos traz a segurança de que as futuras indústrias que haverão de tomar assento em terras amapaenses terão energia, estradas e pontes, que são condições fundamentais para que possam produzir, importar e exportar. O Amapá se prepara para um novo tempo.
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