Adauto Bittencourt indiciado; Waldez não faz nada.
Karen Cardoso
Desde que o DVD com acusações feitas pelo assessor jurídico da Secretaria Estadual de Educação (SEED), Jean Carlo Albuquerque Brazão, foi encaminhado a Comissão de Educação, presidida pelo deputado Moisés Souza (PSC) no inicio do mês de maio, o deputado Camilo Capiberibe (PSB) pede esclarecimentos sobre o caso. Os requerimentos para convocar os envolvidos apresentados pelo parlamentar socialista ao plenário da Assembléia Legislativa foram todos aprovados por unanimidade, mas até então nenhum parecer conclusivo que afaste as suspeitas foi dado nem pelo secretário, mais que suspeito, Adauto Bittencourt e nem pelo governador do estado.
A busca por respostas levou o deputado Moisés Souza com o apoio dos deputados da oposição a pedirem a instauração de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), entretanto a maioria dos parlamentares se recusou a investigar os inúmeros escândalos da Seed. Sem CPI a oposição se viu impedida de aprofundar as investigações realizando atos como pedir a quebra dos sigilos fiscais e telefônicos dos envolvidos, por isso a Comissão de Educação que é presidida por Moisés Souza e formada pelos deputados Camilo Capiberibe e Ruy Smith, enviou ao Ministério Publico um relatório com uma síntese das acusações. Contrariado com a falta de apetite da Assembléia para investigar os desvios na Seed, o deputado Camilo afirmou na última segunda-feira que “antes essa casa de leis não tinha medo de CPI e agora parece que todos preferem deixar o trabalho que é dos deputados para o Ministério Público”. Não obstante o bloqueio das investigações pelos deputados da base do governo na Assembléia, o escândalo da Seed continuou gerando repercussões através da Operação Exérese da Polícia Federal que prendeu nove pessoas, entre elas o dono da empresa Serpol, Carlos Augusto Montenegro, que figura no epicentro do escândalo. A investigação da Policia Federal que correu em paralelo às denúncias feitas na Assembléia Legislativa, avançou e redundou no indiciamento do Secretário Estadual da Educação, Adauto Bittencourt, no inicio da semana passada. Homem forte do PDT no governo do estado e coordenador da campanha de reeleição do governador Waldez Góes e da eleição do prefeito Roberto Góes, Bittencourt é peça chave na sustentação da máquina política ligada diretamente ao governador Waldez Góes. Agora, Adauto terá que prestar esclarecimentos à PF, ao Ministério Público Federal e à justiça. Diante do indiciamento do secretário o que está intrigando os parlamentares é o fato do governador ainda não ter exonerado o secretário do cargo que ele ocupa. “De duas uma, ou o governador Waldez Góes não se importa em ter um secretário acusado de roubar dinheiro que poderia ser destinado a melhorias na escola, a contratação de professores, à compra de merenda escolar decente, ou ele só pode ser cúmplice" disse Capiberibe na mesma segunda-feira em aparte ao discurso do deputado Moisés Souza durante o grande expediente. "Enquanto o secretário Adauto Bittencourt ainda não havia sido indiciado, o governador Waldez podia até dizer que era só uma especulação política, mas a partir do momento em que a Policia Federal apitou o jogo, ele tem que afastar o secretário do cargo, senão ele vai se afundar junto nessa lama de corrupção”, finalizou o deputado do PSB.
Esta matéira foi enviada pelo deputado Camilo Capiberibe. As pessoas citadas têm total espaço neste blog para questionar ou não o que foi colocado. Basta nos enviar material para o email saidib@ig.com.br.
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